Madeira

MDM-Madeira assinala o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

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O MDM-Madeira assinala no próximo domingo, dia 25 de Novembro, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, fenómeno que tem registando um aumento de novos casos de violência doméstica na Madeira.

Segundo o MDM, as causas para este tipo de violência na Madeira residem na droga, no álcool e outras tensões de ordem social e económica, à semelhança do que se passa no resto do país.

“A situação sócio-económica das famílias também não é dissociável do crescente número de procura de ajuda por parte de pessoas vítimas de violência doméstica, cruzando-se mesmo, nas Organizações regionais de apoio a vítimas de violência doméstica na Madeira, os números de queixas de violência com o número de pessoas que procuram apoio social”, diz o MDM-Madeira, defendendo a constituição de uma “nova estratégia regional que seja funcional e efectiva para travar esta violação dos direitos humanos” que é também uma forma de “discriminação contra as Mulheres” e contra a humanidade.

Entende, por isso, que é pertinente assinalar este dia internacional de combate a toda e qualquer forma de violência contra as Mulheres, porque falar de violência contra as Mulheres é falar do “desprezo mais absoluto pela condição humana; é falar de calamidade pública e de uma acção criminosa que atenta torpemente contra a elementaridade dos direitos humanos, e que requer maior reflexão e intervenção activa por parte de todos e de cada um de nós”.

Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres

O Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres foi instituído pela ONU, a 25 de Novembro de 1999, dia da morte brutal das ‘irmãs Mirabal’.

Tereza, Patrícia e Minerva foram presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana, Rafael Trujillo, precisamente no dia 25 de Novembro, que foi, mais tarde, em 1981, declarado como o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, no Primeiro Encontro Feminista da América Latina. Uma homenagem às ‘mariposas’, o cognome que as três mulheres utilizavam em actividades clandestinas em oposição à ditadura do seu país.

Esta data passou então a ser utilizada para assinalar e alertar todas as situações violência contra as mulheres, desde maus tratos físicos e psicológicos a casos de abuso ou assédio sexual, entre outros. Em média, uma em cada três mulheres é vítima de violência em todo o mundo. No que concerne à violência doméstica, em Portugal, 85% das vítimas de violência doméstica são mulheres, fenómeno que se estende também à Madeira.