Madeira

Lobo-marinho não voltou ao areal do Porto Santo e o seu paradeiro é incerto

Foto Fábio Brito
Foto Fábio Brito

Após seis dias de estadia no areal do Porto Santo, a cria de lobo-marinho, com seis meses de vida, já não foi avistada na Ilha Dourada esta quarta-feira, dia em que precisamente se assinalava uma semana após o primeiro avistamento do animal marinho naquele arquipélago.

“Hoje não tivemos nenhum alerta. Percorremos toda a praia, a ver se víamos a jovem fêmea, mas hoje decidiu não aparecer”, confirmou a bióloga do IFCN, Rosa Pires, em declarações à TSF-Madeira, frisando que “a ilação que se tira é a da natureza a actuar, portanto ela poderá estar a repousar noutra praia do Porto Santo, poderá ter decidido voltar para casa, ou poderá ter decidido repousar no mar”, isto é, resta “aguardar e ver o que acontece”.

“O pessoal das Desertas já está alerta para o caso desta fêmea aparecer por lá, portanto estamos atentos, deixando a natureza a actuar, ou para o caso de nós mesmos actuarmos caso seja necessário”, confirmou Rosa Pires, acrescentando que “caso a fêmea permaneça durante muito tempo no Porto Santo” isso não será “benéfico” para o animal devido “à pressão humana”. De acordo com Rosa Pires, o trabalho de protecção da espécie gira em torno de evitar “ao máximo a perturbação e de contacto directo com os animais”, até porque estamos “a lidar com a foca mais rara do Mundo”.

A colagem de um dispositivo electrónico, para efeitos de rastreamento, está colocada de parte. “Uma vez que verificámos que está a recuperar de uma viagem grande, não seria, neste momento, fazer a colocação de um dispositivo que neste caso obrigaria à captura. Se ela aguentasse aqui mais uns dias poderíamos pensar nisso”, referiu Rosa Pires.