Madeira

Líder da bancada parlamentar do PS-M pede a demissão do secretário da Saúde na Madeira

Grupo Parlamentar lamenta que Governo de coligação PSD e CDS faça da Saúde “uma trincheira político-partidária”

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O líder da bancada parlamentar do PS-Madeira, Miguel Inglesias, já reagiu à demissão em bloco de cerca de dois terços dos directores de serviços e de unidades do Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM), após a reunião de um grupo com cerca de 30 clínicos, na Ordem dos Médicos, no Funchal.

O parlamentar socialista recorreu às redes sociais para apontar a porta de saída ao secretário regional da Saúde, Pedro Ramos. “Julgo que cabe apenas uma opção ao Secretário Regional da Saúde: demitir-se”, escreveu Miguel Iglésias na sua página no Facebook.

Entretanto, numa nota de imprensa, o Grupo Parlamentar do PS Madeira veio assumir uma posição pública, lamentando toda a situação gerada em torno da Direcção Clínica do SESARAM, que teve hoje como consequência a demissão de mais de 30 directores de serviço e coordenadores da unidade hospitalar.

PS lamenta que Albuaquerque trate médicos como “assalariados políticos”

“Isto é uma situação inédita na Região e no País, reveladora de falta de estratégia, falta de diálogo, e falta de bom senso por parte do Governo Regional do PSD e CDS, que fez da Saúde uma trincheira político-partidária, transformando este sector fundamental para a vida de todos os madeirenses e porto-santenses numa verdadeira guerra civil”.

No comunicado de imprensa, assinado por Miguel Iglésias, os deputados do PS-M consideram que “onde deveria apenas caber decisões entre pares, respeitantes à actividade e gestão clínica, observamos a prepotência da coligação PSD-CDS e em particular do presidente Miguel Albuquerque, tratando os profissionais de saúde como assalariados políticos, e os cargos clínicos como nomeações partidárias. Uma situação inadmissível, injustificável, e que retira toda a legitimidade ao caminho seguido por este Governo Regional”.

Mário Pereira sem condições para tomar posse

Face ao sucedido, o Grupo Parlamentar do PS entende que nada mais resta ao secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos além de demitir-se. “Deixa efectivamente de ter quaisquer condições de exercer o cargo”, sublinha.

De igual modo, defende também que “não resta qualquer alternativa” a Mário Pereira, que será amanhã, sexta-feira, empossado como director clínico do SESARAM.

Miguel Iglésias defende que o ex-deputado do CDS “não deve tomar posse, a bem da estabilidade do SESARAM e do serviço público prestado a todas e todos os cidadãos”.