Madeira

JPP pede a Albuquerque que “acorde para a realidade da Saúde na Região”

None

“É preciso resolver os casos das altas clínicas, que não têm alta social, para evitar o caos nas urgências”. O alerta foi dado, esta manhã, pelo Juntos pelo Povo (JPP), junto ao hospital Dr. Nélio Mendonça, na sequência de situações detectadas desde o final de 2018.

“Ainda nesta última semana, estavam 30 pessoas a aguardar internamento, mas não tinha vagas nos serviços. E isto acontece porque, efectivamente, nada se tem feito para resolver as altas problemáticas”, sublinhou Patrícia Spínola, lamentando a inércia governativa que assume o problema sem soluções visíveis.

De acordo com a deputada, não se fala do estatuto do cuidador informal, da possibilidade da construção de lares, que até já foi posta de parte pela secretária da Inclusão e Assuntos Sociais, nem de criar condições para que estas pessoas possam regressar a casa onde poderão ter acesso aos cuidados primários de saúde. Mas, “ouve-se o senhor presidente do Governo dizer que na Saúde está tudo bem e que só critica a Saúde quem usa o serviço privado”, salienta Patrícia Spínola, lamentando que a Saúde “esteja em más condições”. Perante este cenário, deixa um pedido a Miguel Albuquerque, na esperança de que “acorde para a realidade, que tire a cabeça da areia e que efectivamente entre pela porta da frente das urgências e acompanhe o que ali se passa e as dificuldades das pessoas que lá trabalham”. Diz mesmo que são os médicos, os enfermeiros, os assistentes operacionais e os técnicos que mantêm o Serviço Regional de Saúde a funcionar e não a “boa vontade nem as palavras vãs do senhor presidente do governo”.

Patrícia Spínola diz ainda “ser escusado” o Governo Regional comparar-se com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Este sector está regionalizado e não é o SNS que vai resolver as questões da Região, mas sim o Governo Regional e este Executivo que deve encontrar as soluções agora”, afirmou a deputada do JPP, lembrando ainda a situação das listas de espera que Albuquerque garantiu estarem a diminuir, quando, “neste momento, o aumento é bastante significativo, porque o governo regional não consegue dar resposta às mesmas”, destacou.