Madeira

JPP diz que “sempre questionou” os custos dos exames no privado

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O Juntos pelo Povo (JPP) diz que “sempre questionou os representantes da saúde relativamente aos custos dos exames no privado, que em alguns casos são 30 vezes superiores aos valores do sector público” e relembra que, por diversas vezes, questionou, de forma directa o Presidente do Governo Regional se a “saúde estava a ser vendida ao privado”, sendo que, pelo mesmo número de vezes, não existiu qualquer resposta ou reacção por parte deste executivo regional.

Esta é a reacção do JPP tendo em conta a actualidade relacionada com a medicina nuclear e com a lista de serviços cobrados pelo sector privado.

Segundo Élvio Sousa, líder parlamentar do JPP, desde o início da actividade parlamentar, o partido “tem vindo a colocar na agenda política o dossier da medicina nuclear”, através de debates, iniciativas legislativas e audições parlamentares, nomeadamente:

- “14 de Abril de 2016, debate sobre a situação do Serviço Regional de Saúde onde o JPP recordou o investimento na unidade de medicina nuclear do Hospital Nélio Mendonça, sem a devida utilização das instalações e dos equipamentos, questionando se este “subaproveitamento” não teria a ver com um “interesse privado da Unidade de Medicina Nuclear da Quadrantes”;

- Abril de 2016, o JPP oficializou um requerimento de audição parlamentar ao anterior Secretário Regional da Saúde, João Faria Nunes, focado no tema da medicina nuclear, tendo esta se concretizado a 8 de julho de 2016;

- Novembro de 2016, o JPP deu entrada a um projecto de resolução que recomendava a activação urgente da unidade de medicina nuclear. Este diploma foi discutido em Janeiro de 2017, altura que Pedro Ramos, actual Secretário Regional da Saúde, em declarações públicas à RTP Madeira, assumiu o início da actividade para Fevereiro de 2017. Nesta sequência, o projecto de resolução foi chumbado pela maioria PDS”.

O JPP recorda que, entre outras iniciativas, o grupo parlamentar realizou uma visita às instalações da medicina nuclear, em 2016, onde comprovou a qualidade do serviço e o subaproveitamento dos equipamentos e destas instalações.

Para Elvio Sousa, esta situação “comprova a necessidade premente de uma regulação imparcial, efectiva e eficiente, com a criação de um observatório independente da saúde que permita não só conhecer a realidade, as necessidades do sector e possíveis medidas que permitam melhorar a prestação dos serviços aos utentes”, salientando que o partido já deu entrada de uma iniciativa para “concretizar este observatório, aguardando que, desta vez, a mesma não seja chumbada pela maioria social-democrata, apenas e só em nome do interesse partidário e da obsessão pelo poder”.