Madeira

José Prada reafirma posição da Comissão Política perante intenção do Conselho de Jurisdição Nacional

O Conselho de Jurisdição Nacional do PSD diz não haver excepções aos regulamentos aprovados. A ser assim, militantes madeirenses que pagaram as quotas na sede regional não deverão poder votar.

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O presidente do Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) do PSD reiterou hoje que “os regulamentos aprovados não prevêem excepções”, quando questionado pela Lusa sobre a intenção do PSD-Madeira aceitar que votem militantes com quotas pagas por métodos não aceites pela secretaria-geral.

Questionado pela Lusa se o CJN irá deliberar sobre esta posição do PSD-Madeira, Nunes Liberato respondeu por escrito, remetendo para uma decisão já tomada pelo órgão jurisdicional do partido em 19 de Dezembro, cujo conteúdo não é público.

Recorde-se que ainda ontem o secretário-geral do PSD/Madeira, José Prada, afirmou que os cerca de 2.500 militantes sociais-democratas do arquipélago que a estrutura regional considera terem as quotas pagas vão poder votar nas eleições directas para escolher o presidente do partido no próximo sábado, apesar de a secretaria-geral nacional indicar que apenas 104 estão em condições de o fazer. Posição que, de resto, é mantida pelo dirigente regional, mesmo após ter tomado conhecimento da afirmação do presidente do CNJ: “Não muda nada o que foi dito e aprovado ontem pela Comissão Política”, afirmou ao DIÁRIO.

Em causa na divergência da contabilização do número de militantes na Madeira está o modo de pagamento das quotas: segundo o regulamento de quotizações aprovado pelo Conselho Nacional do partido em novembro, este só poderá ser feito por multibanco (através de referência aleatória), cheque, vale postal (apenas autorizado para militantes com 60 anos ou mais), débito directo, cartão de crédito ou MB Way.

Acontece que a maioria dos militantes madeirenses paga as quotas directamente na sede.

Sobre estas eleições directas, ontem ao final do dia, o presidente do PSD e recandidato ao cargo, Rui Rio, disse esperar que sejam “um acto limpo e democrático”, com “regras iguais” em todo o continente e regiões autónomas: “Estas regras têm de ser iguais para todos, em todo o continente e regiões autónomas. Eu espero que seja um acto limpo e em que se respeitem as regras em igualdade para todos sem excepção”, afirmou.

Pelo menos 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas directas para escolher o próximo presidente, segundo dados provisórios disponibilizados no ‘site’ do partido após o encerramento dos cadernos eleitorais, a 22 de Dezembro.

Na Madeira, apenas 104 militantes são contabilizados no ‘site’ oficial do PSD como aptos a votar, de um universo de mais de 10 mil militantes activos nesta região autónoma (com pelo menos uma quota paga nos últimos dois anos).

O presidente do PSD, Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o actual vice-presidente da Câmara de Cascais Miguel Pinto Luz são os três candidatos que disputam no sábado a presidência do partido em eleições directas.

Se nenhum deles obtiver mais de 50% dos votos, a segunda volta realiza-se uma semana depois, dia 18, entre os dois candidatos mais votados.

O 38.º Congresso do PSD realiza-se entre 07 e 09 de Fevereiro, em Viana do Castelo.