Madeira

Há 19 anos, Jardim preparava as ‘regionais’ e admitia deixar o governo em 2003

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Na edição de 10 de Setembro de 2000, o DIÁRIO publicava uma entrevista com Alberto João Jardim. A pouco mais de um mês das eleições regionais (15 de Outubro), o líder do PSD e presidente do Governo Regional falava da sua sucessão e dizia que a ‘novela’ dos ‘delfins’ já tinha ido longe demais. Jardim admitia ficar á frente do governo até 2003, um ano antes do final do mandato, para permitir ao seu sucessor governar e preparar as ‘regionais’ de 2004. Não indicava um sucessor, mas garantia que teria um vice-presidente no governo.

Na mesma edição mais duas notícias com Jardim. Primeiro, a inauguração do último troço da via-rápida, em Santa Cruz. Depois, à noite, o comício de pré-campanha, também em Santa Cruz.

No palco de mais um ‘arraial laranja’ - foi assim que o PSD definiu estas iniciativas - o líder do PSD-Madeira repetiu o que já vinha dizendo nos últimos meses: a bipolarização, nas eleições, era entre o PSD e “os comunistas”, porque o PS, afirmava, estava “infiltrado”.

Mota Torres era o líder socialista e, há 19 anos, era classificado como “um senhor de Lisboa que está na Madeira ao serviço do Terreiro do Paço”.

Nas eleições, disputadas ainda com uma lei eleitoral com círculos concelhios, o PSD venceria, com 56% dos votos e 41 deputados.