Madeira

Ciclovia a concurso por 1,3 milhões de euros

São 2,5 quilómetros que vêm permitir o prolongamento da ciclovia até à Praça do Turista, numa aposta clara na “mobilidade suave”, segundo Miguel Silva Gouveia.

A obra cujo concurso será lançado até Junho tem o custo base de 1,3 milhões de euros.
A obra cujo concurso será lançado até Junho tem o custo base de 1,3 milhões de euros.

Decorreu hoje a primeira reunião descentralizada da Câmara Municipal do Funchal (CMF), no actual mandato. Uma das salas do Colégio de Santa Teresinha acolheu toda a vereação funchalense para uma sessão que ficou marcada pela aprovação, por unanimidade, do lançamento do concurso público internacional para a execução do projecto da rede ciclável, entre o Fórum Madeira e a Praça do Turista (junto à Ponte do Ribeiro Seco). O preço base da empreitada será de 1,3 milhões de euros, com um financiamento de 917 mil euros por parte do Madeira 14-20.

Prevendo-se o início da obra ainda no primeiro semestre de 2020, estão em causa 2,5 quilómetros de percurso que vêm dar continuidade a outros dois troços da ciclovia já existentes, e que contemplará, também, uma zona pedonal, promovendo a mobilidade suave. No seu conjunto, esta empreitada permitirá obter uma via pedonal e ciclável com 1,2 metros em toda a extensão da Estrada Monumental.

Miguel Silva Gouveia destacou o facto de, num momento prévio à reunião, a vereação ter passado por algumas salas de aulas dos 4.º e 9.º anos de escolaridade, tendo sido dada a oportunidade dos jovens alunos colocarem as perguntas que achassem pertinentes, o que no entender do presidente da Câmara, demonstra bem “aquela que deve ser a política de uma cidade educadora, um executivo que procura a proximidade e a intervenção de todos os munícipes, incluindo da comunidade educativa, na construção de uma cidade”, frisou. Dessa acção antes da ordem do dia o autarca enfatiza o facto das crianças estarem despertas para aspectos como a sustentabilidade ambiental, os riscos, as questões sociais, nomeadamente os sem abrigo.

PSD levou à reunião obras ‘esquecidas’ em Santa Luzia e São Pedro

Foi pela voz de Joana Silva, porta-voz dos vereadores do PSD, que o maior partido da oposição no executivo camarário funchalense chamou a si a obra da ciclovia aprovada por unanimidade na reunião desta manhã.

Mas mais do que a aprovação do lançamento do concurso dessa empreitada, que “finalmente dá os seus primeiros passos em termos de realização”, a vereadora social-democrata destacou o facto de o PSD ter questionado o executivo sobre algumas obras ou projectos previstos para Santa Luzia e São Pedro, freguesias que acolhem a Presidência Aberta este mês e no próximo, respectivamente.

De entre esses trabalhos que, segundo Joana Silva, teimam em não avançar, destacam-se “o projecto de requalificação e ampliação do Centro Cívico de Santa Luzia, que continua sem data prevista, a repavimentação e requalificiação da Rua Pedro José de Ornelas, que também não vai ser executada por esta Câmara Municipal”, ambas em Santa Luzia. Quanto à freguesia de São Pedro, a oposição PSD alertou para a situação do prédio da Confeitaria Felisberta, “que é um prédio devoluto da responsabilidade desta Câmara Municipal”, cuja requalificação não tem data prevista para ser iniciada, bem como para a necessidade de ir para o terreno a requalificação da rede de águas e saneamento do Bairro dos Moinhos, que carece, também, de um meio eficaz de combate a incêndios.

Já a vereadora do CDS, Ana Rita Gonçalves, lamentou a alteração do regimento da CMF, que mereceu um voto contra do seu partido, na medida em que, segundo afirma, “limita o número de inscrições para as reuniões públicas, tirando a voz ao povo que queira participar e expor os