A Câmara Municipal de Santa Cruz emitiu, esta tarde, um comunicado em que reage ao “estudo divulgado de um suposto Rating Municipal Português, que coloca Santa Cruz entre os 10 piores municípios médios em Portugal”. Um estudo em relação ao qual a autarquia presidida por Filipe Sousa não reconhece qualquer credibilidade.

“Os indicadores usados, embora nebulosos, não correspondem àquela que é a realidade de Santa Cruz actualmente, onde se nota uma nova dinâmica, impulsionada não só por iniciativas e investimentos públicos, mas também por um crescimento visível e comprovável da iniciativa privada”, refere a câmara.

O estudo, lamenta Filipe Sousa, deixa de fora a “notável recuperação financeira do município” que em 2013 tinha uma dívida a fornecedores de 26 milhões, sendo actualmente de apenas 2,5 milhões. “Além disso, aumentámos a receita, sem aumentar impostos, de 15,7 milhões para 22 milhões”.

“Uma das entidades citadas no estudo já negou hoje, em informações que nos foram prestadas, que não participou nem forneceu dados para o referido estudo, pelo que não pode garantir o rigor de leitura dos mesmos. A Câmara de Santa Cruz já pediu, por ofício, informações às outras entidades citadas, como o Tribunal de Contas e a Direcção de Finanças”, informa a Câmara de Santa Cruz.

A ajudar à “falsa credibilidade deste estudo” está, segundo Filipe Sousa, a circunstância do seu autor ser “um ex-autarca do Cartaxo, um município de apenas 24 mil habitantes, onde deixou um passivo de 55 milhões, além de estar envolto em várias polémicas com as instâncias judiciais e de ter renunciado ao seu desastroso mandato. Agora, pelos vistos, dedicou-se aos estudos, mas com a mesma ‘credibilidade e ética’”, acusa.