Madeira

Câmara de Lobos e Santa Cruz são “reserva” da natalidade numa Região em quebra populacional

A Direcção Regional de Estatística da Madeira lançou hoje o primeiro ‘Atlas Estatístico da Região Autónoma da Madeira’

Este domingo, dia 20 de Outubro, assinala-se o Dia Europeu de Estatística. Ver Galeria
Este domingo, dia 20 de Outubro, assinala-se o Dia Europeu de Estatística.

Na data em que se assinala o Dia Europeu de Estatística, a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) lança um novo produto: o ‘Atlas Estatístico da Região Autónoma da Madeira’.

Esta publicação tem como objectivo promover a literacia estatística dos cidadãos, com recurso a cartogramas e gráficos visualmente apelativos, de modo a facilitar a apreensão por parte dos utilizadores dos indicadores mais relevantes de cada área temática, que estão integrados nas diversas publicações disponibilizadas pela DREM para cada domínio estatístico.

A primeira edição do Atlas é dedicada à Demografia e Mortalidade e daqui sobressai uma conclusão: a baixa natalidade é um problema também na Região, tal como acontece na generalidade dos países e regiões mais desenvolvidas, contribuindo para a redução da população.

“Com efeito, desde 2009 que o saldo entre os nados-vivos e os óbitos é negativo. Em 2018, a taxa bruta de natalidade, que corresponde ao número de nados-vivos por 1 000 habitantes, era de 7,6‰, sendo que o valor mais baixo desta taxa foi observado em 2014 (6,7‰). Comparativamente às outras regiões do país, a Região apresentava, em 2018, a segunda taxa bruta de natalidade mais baixa do país, logo depois do Centro, sendo inferior à média nacional (8,5‰)”, refere o Atlas.

Neste cenário, os concelhos de Câmara de Lobos e Santa Cruz surgem como “reserva da natalidade na Região, apresentando as taxas brutas de natalidade mais elevadas. No polo oposto estão dois concelhos do norte, Porto Moniz e São Vicente”.

A isto soma-se o reduzido número de filhos por mulher, traduzido pelo índice de sintético de fecundidade, que é na Região o mais baixo do país, não ultrapassando os 1,15 filhos por mulher.

“Para assegurar a sustentabilidade das gerações, é necessário que este indicador atinja os 2,1 filhos por mulher, situação que já não sucede na Região desde 1985”, recorda a DREM.