Madeira

Calado diz que Alojamento Local contribui para a expansão da economia regional

None

O vice-presidente do Governo Regional considerou hoje o Alojamento Local um tema de grande interesse e actualidade para a opinião pública, numa altura em que o sector imobiliário, no seu conjunto, atravessa um bom momento de forte expansão, tornando-se “imprescindível o seu debate de forma livre, aberta e sem preconceitos”.

Segundo Pedro Calado, esta sensibilização ocorre num momento em que a economia regional regista “uma das suas melhores performances dos últimos anos, não apenas neste sector, mas em quase todos os ramos de actividade económica, criando riqueza, emprego, melhoria do rendimento e qualidade de vida das famílias”.

Sendo o turismo um dos mais importantes motores da economia da Madeira e do Porto Santo, a apesar de todos os constrangimentos sentidos neste sector, registou, até final de Setembro, “mais de 6,5 milhões de dormidas, com um total de proveitos próximo dos 340 milhões de euros, traduzindo-se num aumento de 2,1 pontos percentuais”. Nesta matéria, “muito tem contribuído o alojamento local”, frisou o governante.

Madeira tem 3.194 unidade de Alojamento Local

Segundo o Registo Nacional do Alojamento Local (RNALA), a Madeira tem 3.194 unidades de alojamento local, o que corresponde a 7.577 quartos e a 12.343 camas.

A maior parte destas unidades está localizada no concelho do Funchal, com mais de 1.500 e cerca de 5.400 camas, seguido da Calheta, com 550 unidades e acima de 2.500 camas. Santa Cruz apresenta 392 unidade e mais de 1.600 camas, ocupando a terceira posição dos três concelhos com maior número de unidades e camas de alojamento local na Região.

No Porto Santo, existem 151 unidades registadas, com um total de 351 quartos e 609 camas, representando cerca de 5% do total da oferta da Região em termos de oferta de alojamento local.

Face ao crescimento na oferta em termos de alojamento local registado nos últimos anos, Calado aponta para uma representação de 27,9% das camas da Região. Quanto aos resultados, em termos de taxa de ocupação, a média, até ao mês de Setembro deste ano, estava situada na ordem dos 65,4%.

Segundo o governante, a Madeira tem registado ainda um crescimento progressivo nos últimos seis anos, passando das 102.291 dormidas em 2012, para as 716.486 no ano passado, sendo este “um dos melhores resultados de sempre”.

Quanto aos contratos de compra e venda de imóveis, de acordo com os dados estatísticos, realizaram-se em 2017 4.868 contratos de compra e venda de imóveis na Região Autónoma da Madeira, significando um acréscimo de 23,0% face ao ano anterior (3.959).

O montante envolvido nas transacções dos imóveis ascendeu a 504 milhões de euros, o valor mais elevado desde 2009, tendo crescido 33,2% comparativamente a 2016.

Do total de imóveis transaccionados em 2017, 40 % localizavam-se no município do Funchal, seguindo-se os concelhos de Santa Cruz (15,8%) e Calheta (14,8%).

Mas, segundo o vice-presidente do Governo Regional, os dados continuam a ser animadores em 2018, já que no primeiro semestre deste ano, foram transaccionados 1.397 alojamentos na RAM, o que representa um aumento homólogo de 6,7%, sendo que o valor dos alojamentos transascionados neste trimestre situou-se nos 182,3 milhões de euros, mais 15,3% que no semestre homólogo.

A evolução dos preços também sugere um aumento da procura, com o valor da avaliação bancária de habitação a crescer nos últimos três anos, particularmente em 2017, no qual subiu 5,1%.

Este é um crescimento que, segundo Calado, confirma também a retoma económica na Região, “fruto das medidas que este Governo Regional tem vindo a implementar, em tempo oportuno, por forma a atrair mais investimentos, com ajudas às empresas, mas também e, sobretudo, com apoios sociais e às famílias, nomeadamente, a redução de impostos, dando-lhes, assim, maior poder de compra, e acima de tudo, maior e melhor qualidade de vida”.

O rumo e a estratégia passam pelo “reforço no próximo orçamento da Região”, com uma nova “redução, quer do IRC, quer do IRS”.

Tudo isto conjugado faz com que a Madeira goze, neste momento, de uma “dinâmica económica excepcional, proporcionando um clima de confiança aos investidores, os quais têm vindo a corresponder através das suas fortes apostas na actividade produtiva regional nos mais diferentes sectores”, destacou o vice-presidente.