Madeira

BE debate políticas de cultura e pede mais apoio e investimento

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O Bloco de Esquerda organizou uma tertúlia sobre políticas para a Cultura com o actor António Plácido Pereira e o jornalista aposentado José Salvador. Com moderação de Rui Ferrão, candidato madeirense nas listas do Bloco, às eleições europeias, o bloquista referiu que a cultura “vale por si, e não apenas como acessório do turismo ou como entretenimento eleitoralista ou pela receita comercial que gera”, frisando ser essencial na valorização e no enriquecimento do Ser Humano, alargando horizontes e fomentando o espirito critico “necessário para uma democracia aprofundada e uma sociedade mais justa”.

Considerou “escandaloso” o facto de a cultura ser o “parente pobre dos apoios do Governo Regional comparado com o milhões destinados ao futebol profissional”.

No seu entender, as pessoas precisam de revisitar monumentos e museus, ir ao teatro, a exposições, concertos e outros espetáculos, sendo necessário que o governo crie condições para que tal aconteça.

Desde a adesão de Portugal à UE, as políticas europeias para a Cultura apresentaram, no seu entender, oportunidades de modernização dos serviços públicos de cultura. No entanto, graças à regressão das políticas culturais, diz que houve um “recuo orçamental” e as actividades das políticas culturais tornaram-se um “adereço promocional da iniciativa empresarial (turismo).

Daí que entenda ser necessário apostar na re-funcionalização pública do património, dos museus e monumentos; na reconstrução de serviços públicos que garantam pluralidade de oferta cultural e no combate à iliteracia.