Ano novo, velhos problemas

Este ano em Portugal, poderá vir a trazer algo de bom, algumas benesses para as populações, porque trata-se de um ano predominantemente eleitoral. É vira o disco e toca o mesmo. As consequências das medidas eleitoralistas, não interessam. E as promessas impossíveis e tresloucadas? Durante as campanhas eleitorais, é o vale tudo! Todavia, a escolha dos candidatos devia obedecer a critérios muito mais rigorosos. Que pouca vergonha tem sido o comportamento de certos deputados, que não estando presentes no Plenário da Assembleia da República, mandam colegas de bancada votarem por eles? É simplesmente indecoroso! E o dinheiros que recebem (ao que consta?) de passagens não realizadas... entre outras regalias escandalosas. Entram na política activa, ainda muito novos e querem morrer nos cargos... São os político – dependentes... Julgam-se insubstituíveis?! Daí, que haja uma luta feroz, mesmo dentro da cada partido, porque os “tachos”... não chegam para todos. Basta vermos a “luta de galos” que se trava neste momento dentro do PSD/Nacional. Vergonhoso! As populações estão fartas, cansadas, saturadas desta lenga - lenga dos partidos tradicionais que nada trazem de novo... Em Portugal, temos uma justiça lenta, que parece defender apenas os mais ricos e poderosos. A corrupção é elevada e atinge níveis preocupantes. Estamos 11º lugar entre os 28 países que constituem a União Europeia. Possuímos um Serviço Nacional de Saúde cada vez mais degradado. Temos, ainda, uma das maiores dívidas externas do mundo! Por onde anda, paira tanto dinheiro? Talvez, os paraísos fiscais possam responder a esta questão...?! E a juntar a tudo isto, cerca de dois milhões de portugueses vivem no limiar da pobreza! Perante este cenário, as pessoas, a pouco e pouco terão uma natural apetência pelos movimentos e/ou partidos extremistas e populistas, julgando estar aí a tábua de salvação? Contudo, estes grupos têm algumas ideias claras e expressivas. Só que a clareza das suas ideias esgota-se em si própria. Depois, vem um vazio profundo e aterrador...Assisti ao fim do fascismo, foi óptimo! Vejo o desmurenar do comunismo ortodoxo, é muito bom! Por outro lado, assisto a um vingar do capitalismo desenfreado e desumano, é péssimo e assustador! No entanto, despois de fazer uma análise mais ampla e cuidadosa, verifico que todos estes componentes são e foram úteis - apenas - para o ódio se fazer cumprir...! Lamentavelmente!

Jorge Macedo