A propósito do ‘Gigante’

Conseguir ao estádio do Marítimo ver o ‘Gigante’ depois de mendigar um bilhete que só era distribuído na avenida Arriaga. Pensei logo que este centralismo absurdo ia ter reflexos na moldura humana e comprometeria a ‘casa cheia’ que o espectáculo mereceria à partida. Dito e feito.

Fiquei na bancada oposta à antiga central e logo nos primeiros minutos apercebi-me que estava de frente para as costas dos músicos. Dito e feito: o espectáculo foi em parte concebido a pensar na tribuna de honra. Lamento que assim tenha sido pois para priveligiar as duas bancadas laterais bastava fechar uma das cabeceiras e reajustar o desenho exibicional. É assim que se faz em muitos estádios que acolhem espectáculos.

Para finalizar, tive o azar de ficar perto de uma coluna de som que me debitava em alto e bom som a banda sonora, mas que me impedia de ouvir os instrumentos. Dito e feito. Ouvi muito barulho e pouca música até que mudei de lugar.

Aproveito para agradecer aos músicos que participaram no concerto. Deram o melhor que sabiam e merecem-me todo o respeito e palavra de apreço. Em conciência, não posso deixar de passar em claro descuidos organizativos que, não sendo essenciais, tiraram um brilho maior ao momento, bem documentado nos resumos que depois vi tanto na RTP madeirense, como na SIC.

Não tenho espaço para discorrer sobre a ideia em si, nem sei quem foi o verdadeiro obreiro da mesma, mas em resumo posso dizer que a achei muito colada à cerimónia de abertura do desporto escolar.