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Directora da Cultura do Centro prefere candidatura conjunta à Capital Europeia 2027

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A directora da Direcção Regional da Cultura do Centro, Celeste Amaro, admitiu hoje estar “muito satisfeita” com o elevado número de candidaturas do centro à Capital Europeia da Cultura em 2027, admitindo que preferia uma candidatura conjunta.

Em Leiria, onde assistiu à apresentação da programação para 2018 do grupo de teatro Leirena, Celeste Amaro lembrou que, das cinco capitais de distrito sob sua jurisdição, “apenas Castelo Branco não avançou com uma candidatura”, considerando esse facto “muito positivo”.

“Estou muito satisfeita. Ainda bem que há tanta gente candidata. Só pelos hábitos culturais que se vão ganhar, é muito bom. Mesmo que uma cidade não ganhe a capital europeia da cultura, vai envolver a comunidade toda nesse esforço e isso vai ajudar a criar hábitos culturais”, afirmou.

Em Leiria, que também trabalha numa candidatura, Celeste Amaro considerou o processo “algo que desperta os sentidos” e admitiu gostar da ideia de candidatura conjunta entre várias cidades.

“Não sei se é possível, mas vejo bem essa possibilidade”, afirmou. “Acima de tudo gostava que fosse escolhida uma cidade do centro para capital europeia da cultura, porque é onde há mais candidaturas a nível nacional e porque sou desta área. Se se pudessem juntar todos, seria óptimo”.

Celeste Amaro elogiou a programação apresentada pelo Leirena e lembrou que, na reunião que teve em Coimbra com o grupo, “apresentaram tudo o que fazem e não me pediram dinheiro”.

“Vim cá a Leiria porque, por incrível que pareça, não me pediram dinheiro. Como é possível? Ainda por cima na área do teatro! Foi algo que me tocou bastante. É uma lição de como um grupo de teatro profissional, com três actores, que se dedica de corpo e alma ao seu trabalho, vive sem pedir dinheiro, não incomoda a administração central”.

“Isto não acontece nem em Lisboa nem no resto do país”, sublinhou a directora da cultura do Centro, que elogiou ainda a atitude do grupo por não ter apresentado candidatura aos apoios da Direcção Geral das Artes.

“Preferiram estar a trabalhar nesta programação, que não fica nada a dever às companhias profissionais subsidiadas, em que vez de estarem ao computador a tratar do processo. As pessoas de Leiria devem estar orgulhosas por ter uma companhia assim”, concluiu Celeste Amaro.