RIR critica impunidade em novo caso de violência doméstica na Madeira
O Partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) veio, através de comunicado, manifestar a sua indignação perante mais um episódio de violência doméstica na Região, desta vez envolvendo um bebé de apenas dois meses, no Bairro dos Viveiros, no Funchal.
Considerando a situação como "inaceitável em pleno século XXI", o partido sublinha que, apesar de "tantos alertas e campanhas de sensibilização", continuam a ocorrer casos graves que deixam marcas profundas não só nas vítimas directas, mas também em toda a sociedade.
Bebé de 2 meses gravemente ferido em novo caso de violência doméstica na Madeira
Mais um episódio de violência doméstica volta a agitar a Madeira, desta vez envolvendo um bebé de apenas dois meses que ficou gravemente ferido.
O que mais nos preocupa é que, segundo foi noticiado, este caso já se encontrava sinalizado pela Segurança Social. Isto levanta questões sérias. Como é possível que, mesmo com sinalização prévia, uma criança tão pequena tenha ficado exposta a violência extrema? Onde falharam os mecanismos de protecção? Que acompanhamento efectivo foi realizado? Liana Reis, coordenadora regional do RIR Madeira
As declarações do subintendente da PSP, que confirmou a sinalização prévia do caso e referiu que o alegado agressor foi apenas identificado, sem detenção, são vistas pelo RIR como uma "perigosa banalização destas ocorrências".
"O RIR considera que este discurso transmite à sociedade uma mensagem de impunidade e falta de urgência na protecção das vítimas mais frágeis. Não basta “identificar” o agressor. É preciso agir de imediato com medidas de protecção eficazes. É preciso garantir que crianças, mulheres e idosos vítimas de violência não sejam deixados à sua sorte", sublinha.
Neste contexto, o partido reafirma a sua posição em defesa de uma política de tolerância zero para todos os casos de violência doméstica, defendendo a "implementação de medidas preventivas concretas e uma monitorização rigorosa dos casos sinalizados pela Segurança Social". Também defende a actuação imediata das autoridades, com prioridade à salvaguarda da vítima, e não apenas à formalidade processual, bem como a revisão urgente dos protocolos de cooperação entre forças policiais, tribunais e Segurança Social, "para que a protecção não falhe".
"Este episódio é mais uma prova de que o sistema continua a falhar. Não podemos permitir que a violência doméstica seja tratada como “mais um caso”. Cada vida conta, cada vítima merece proteção total e imediata", concluiu o RIR.