O poder económico e político
Para construir uma Sociedade Anónima, presentemente, são necessários 5 sócios e o capital de 50.000 €; havendo sócios que adquirem títulos de acções, consoante as suas possibilidades financeiras, havendo títulos de valores com várias quantidades de acções, de modo a ser entregue aos seus accionistas as acções correspondentes ao capital com que entram na S. A..
Há títulos com o nome dos seus fundadores e há também títulos para serem negociados na Bolsa de Valores, sem o nome do seu portador.
Há, na Região Autónoma da Madeira, muitas sociedades anónimas: Horários do Funchal – Transportes Públicos, SA; EEM – Empresa de Electricidade da Madeira, SA; ARM – Águas e Resíduos da Madeira, SA; Tecnovia Madeira, Sociedade de Empreitadas, SA; Palfinger – Comércio e Aluguer de Máquinas, SA; Amidra Construções, SA; DataRede, SA; Nova Expressão, Planeamento de Média e Publicidade, SA; Lálio Engenharia, SA; Pingo Doce – Cadeia de Supermercados Regionais; Distribuição de Produtos, SA; ETERMAR – Arquitectura, SA; Grupo SMG – SOMASCONTA, SA; IBERLIM – Higiene e Sustentabilidade Ambiental, SA; Hitachi Energy Portugal, SA; AFAVIAS – Engenharia e Construção, SA; TECNACO – Técnicas de Construção, SA; Bristol-Myers Squibb Farm. Portuguesa, SA; Nexia – Santos Carvalho & Associados, SROC, SA; Energetus – Instalações Industriais, SA; Administração dos Portos da RAM (ARAM, SA); J. Nelson Abreu, SA; TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SA; Luz Saúde, SA – Rede Hospital da Luz; é uma rede de 23 hospitais.
Informo que só conheço estas Sociedades Anónimas, mas deve haver outras mais.
Constato que são as Sociedades Anónimas que dominam a política, a economia e o capital humano.
No DN de 24 de Setembro do corrente ano, página 27, com o título “Madeira é um exemplo mundial excelente na área do turismo”, entrevista feita ao ilustre professor catedrático Carlos Costa; estando no princípio da 3.ª coluna o seguinte: “A Madeira não deve crescer de forma desmesurada no Número de Turistas”; estando nas últimas sete linhas o seguinte: “A segunda área é política: uma política assertiva, sem substituir o sector privado, mas estabelecendo grandes ‘targets’, visão e estratégia. Combinando técnica e política, a Madeira continuará a ser um exemplo mundial.”
A nossa Ilha da Madeira foi das primeiras ilhas a exercer a sua função em turismo de qualidade. Todavia, presentemente, estamos a verificar um movimento turístico de pouca qualidade e de humanidade.
É necessário rever a presente realidade do turismo na nossa Região Autónoma da Madeira.
No DN de 27 de Setembro, no fim da página 7, com o título “Sopa Comunitária privilegia produtos locais”, estando no princípio da segunda coluna o seguinte: “Na ocasião Cristina Pedra sublinhou que o objectivo é sensibilizar a população para privilegiar produtos locais e da época, evitar o desperdício alimentar e preservar a gastronomia tradicional madeirense.”
A ilustre Dra. Cristina Pedra tem razão em chamar à atenção dos madeirenses para consumirem os produtos que são cultivados no nosso Arquipélago da Madeira, visto terem melhor sabor e qualidade, devido ao nosso bom clima e melhor qualidade de terra; mas também em evitar que entre tanto lixo das embalagens, evitando a grande saída de dinheiro que faz falta à economia regional.
No mesmo DN, página 15, com o título em parangona “Habitação precisa de intervenção de choque”, estando em destaque na 2.ª coluna: “Montenegro anunciou que o Governo via baixar a taxa de IVA para 6% para a construção de casas para venda até 648.000 euros.”
O Governo Regional da Madeira deveria tomar em consideração que todos os madeirenses beneficiavam de 30% a menos do Imposto IVA, em todos os escalões, em relação a Portugal Continental, de modo a evitar o custo de vida elevado dos madeirenses.
José Fagundes