JPP defende soluções modernas e ecológicas para trânsito no Funchal
A candidatura do Juntos Pelo Povo (JPP) à presidência da Câmara Municipal do Funchal (CMF) prometeu, hoje, trabalhar em "alternativas modernas, eficientes e ecológicas" para resolver os problemas de trânsito na capital madeirense. Propostas passam pela "mobilidade vertical, a criação de uma rede de ligação rápida e constante, entre as zonas intermédias, onde as pessoas podem estacionar o carro e deslocar-se para o trabalho num meio de transporte coletivo suave e rápido”, apontou, este sábado, Fátima Aveiro.
A candidata independente e cabeça-de-lista do JPP enfatizou que “mais de 120 anos depois de ter circulado no Funchal o primeiro automóvel, a cidade continua refém desse meio de transporte" e "nunca foi capaz de acompanhar a evolução nem implementar alternativas modernas, mobilidade suave e económica".
Em contrapartida, diz que o JPP recusa-se a “deixar tudo como está” e, nesta linha assumiu, a mobilidade e o trânsito - que transformou "num inferno" a vida das famílias nas deslocações casa-escola-trabalho - como “segunda maior prioridade” da sua candidatura, "logo atrás da falta de habitação".
A candidata, citada em nota de imprensa, diz já ter reunido com "diferentes entidades e especialistas sobre a problemática da mobilidade e do trânsito" e "escutado quem sabe do assunto".
“Ainda recentemente, numa conferência realizada no Funchal, foram claras as críticas à rede de transportes públicos do Funchal, que não presta serviço adequado aos residentes nem aos turistas”, contextualizou. “Essa falta de eficiência e de resposta às necessidades, é o que faz com que o turista recorra às rent-a-car e entupa a cidade de carros”, acrescenta Fátima Aveiro e lança a 'farpa':
O automóvel é uma enorme fonte de receita” para a Região e revela que a previsão para 2025 é de cerca de 50 milhões de euros: Não quero acreditar que a tentação para não inovar na mobilidade, para manter a cidade cheia de carros, seja para não beliscar a receita do Governo Fátima Aveiro
Para a candidata, "as questões da mobilidade não se resolvem construído mais rotundas, mais vias rápidas, e mais túneis", resolve-se com “alternativas de transportes suaves, eficientes e rápidos, existentes e devidamente testadas nas sociedades modernas, mas também com a mobilidade vertical, investindo em teleféricos e outros meios que ajudam a reduzir a entrada de carros no centro”, sublinhou.
Fátima Aveiro citou ainda um estudo da TomTom, realizado em 387 cidades mundiais e publicado em Março de 2024, evidenciando que "essa investigação refere, no caso de Portugal, que a capital madeirense é onde o registo de trânsito é mais alto, sendo necessários 21 minutos e 30 segundos para percorrer uma distância de 10 quilómetros, colocando desta maneira o Funchal como a única cidade portuguesa a integrar o top 100 do ranking, ocupando o 52.º lugar e a liderança das cidades da Península Ibérica onde se perde mais horas no trânsito".