DNOTICIAS.PT
Mundo

Confronto entre reclusos numa prisão no Equador faz 17 mortos

None
Foto Shutterstock

Pelo menos 17 pessoas morreram num confronto entre reclusos numa prisão, em Esmeraldas, no Equador, informaram ontem as autoridades locais ao `site´ de notícias Primicias.

"Informações preliminares da polícia indicavam que o confronto ocorreu entre reclusos de gangues inimigos. Após uma nova atualização, uma fonte policial confirmou à Primicias que o motim fez 17 mortos até ao momento", referiu a organização governamental responsável pelo sistema prisional do país (SNAI), num relatório.

Nem o Ministério do Interior nem a SNAI confirmaram oficialmente a informação, mas os familiares dos reclusos indicaram nas redes sociais que os motins começaram hoje às 03:00 locais (em Portugal o incidente ocorreu às 21:00 de quarta-feira).

O SNAI acrescentou que "poderá haver mais vítimas noutras celas" devido ao confronto entre reclusos.

O incidente mortal incluiu fortes explosões e vários disparos.

A polícia relatou que os guardas prisionais responderam à emergência quando ouviram os tiros no confronto entre reclusos vindos de duas celas.

Um guarda foi baleado pelos reclusos e morreu, enquanto outro ficou ferido.

Quando as unidades policiais de elite chegaram, encontraram 14 pessoas mortas numa das celas, incluindo reclusos dos Grupos de Crime Organizado conhecidos como Los Choneros e Los Lobos.

As prisões são um dos epicentros da crise sem precedentes de violência criminal no Equador, com cerca de 600 reclusos assassinados nas suas instalações desde 2021, a maioria deles numa série de massacres resultantes de confrontos entre gangues rivais.

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, declarou que o Equador estava perante um "conflito armado interno" devido à violência nas prisões, em janeiro de 2024.

Daniel Noboa decretou uma série de estados de emergência com medidas como a militarização das prisões, com o objetivo de retomar o controlo estatal sobre as penitenciárias, que até então eram dominadas por gangues criminosos.

Os massacres nas prisões ocorrem numa altura em que as forças de segurança estão concentradas em manter a segurança no Equador face à greve nacional convocada pelos povos indígenas contra o aumento do custo do gasóleo após a eliminação do subsídio aos combustíveis.