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Ventura recusa voltar atrás na lei de estrangeiros, Montenegro pede respeito pela democracia

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O presidente do Chega avisou hoje o PSD de que não tem maioria no parlamento para aprovar sozinho a lei de estrangeiros, e recusou voltar atrás nas alterações, com o primeiro-ministro a defender o respeito pelo funcionamento da democracia.

Numa intervenção durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, André Ventura questionou se o Governo deu entrada de um novo projeto da lei de estrangeiros, após a declaração de inconstitucionalidade do Tribunal Constitucional e o veto do Presidente da República.

"Nós não sabemos de nada", atirou, dizendo ter recebido as notícias das alterações com "algum espanto".

O líder do Chega assinalou que "o PSD não tem maioria aqui nesta Assembleia da República" e defendeu que "a arrogância é má conselheira".

Ventura recusou também "voltar atrás" nas alterações ao diploma, após o veto de "um Presidente em fim de mandato".

Na resposta, o primeiro-ministro devolveu as acusações de arrogância e defendeu que "é preciso respeitar o funcionamento da democracia, das regras da democracia".

"A negociação não é a imposição da vontade de André Ventura. Tem de aprender a conviver com as regras da democracia", afirmou Luís Montenegro.

O chefe do executivo assinalou também que o Presidente da República tem "uma representatividade maior" que a de Ventura, pois "foi eleito com mais de 50% [dos votos] e à primeira volta".