Chega "critica reconhecimento da Palestina e alerta para decadência do projecto europeu"
O deputado do Chega (CH) eleito pela Madeira para a Assembleia da República, Francisco Gomes, emitiu uma nota a criticar "a decisão do Governo da República de reconhecer o Estado da Palestina, considerando que tal posição 'é um erro histórico que coloca Portugal ao lado de um promotor de ódio e de terrorismo internacional'", escreve o eleito. Para o parlamentar madeirense, "este reconhecimento não contribui para a paz, mas legitima forças radicais que procuram espalhar violência no Médio Oriente e no mundo ocidental", argumenta.
Francisco Gomes acusa "o executivo de Luís Montenegro de alinhar com 'a agenda da esquerda radical europeia' e de 'ir atrás de governos socialistas europeus que nem conseguiram fazer aprovar os seus próprios orçamentos'", lê-se na nota. E sublinha que "a política externa portuguesa 'não pode ser servil de uma liderança corrupta e desorientada em Bruxelas, que já arrastou o projeto europeu para um estado de decadência'", acrescenta.
"A Palestina não é um estado", acredita o deputado. "É um bastião de ódio, radicalismo e terrorismo. O governo português decidiu trair o nosso próprio legado civilizacional e aproximar-se de quem promove a violência. Isto não é política externa. É uma vergonhosa rendição ideológica", critica
O parlamentar acrescenta que "o projeto europeu está profundamente fragilizado, dominado por 'cedências ignóbeis à imigração descontrolada, à ideologia woke e à propaganda de género'", pelo que, na sua perspectiva, "esta orientação política 'é um ataque direto à cultura, à identidade e à soberania dos povos europeus' e está a transformar a União Europeia num espaço sem unidade, sem valores e incapaz de responder às ameaças internas e externas que enfrenta", reforça.
Francisco Gomes defende, ainda, que "Portugal não pode continuar a ser cúmplice de uma política externa que, na sua opinião, abre espaço ao fundamentalismo islâmico e enfraquece as democracias europeias". E acrescenta: "O caminho seguido por Bruxelas - e validado pelo governo português - coloca em risco a segurança das populações, promove divisões sociais e compromete o futuro das nações."
E conclui: "Portugal tem de se realinhar. A nossa prioridade deve ser o reforço da Aliança Atlântica, a cooperação com os Estados Unidos e com parceiros que partilham valores de liberdade, de democracia e de segurança. O que não podemos aceitar é ser cúmplices de Bruxelas numa política externa suicida que só beneficia regimes radicais."