As eleições para Assembleia da República e o PS/M
Não restam dúvidas que, as eleições do passado domingo trouxeram muitas coisas novas e curiosas, a nível nacional e regional.
Vejamos a nível regional: coligação PPD/PSD – CDS/PP venceu folgadamente como era esperado elegendo três deputados.
Chega, segundo partido mais votado (a grande surpresa da noite?..), elegeu um deputado. PS terceiro partido com maior votação tendo ficado muito coladinho ao JPP (outra surpresa ou talvez não?...), sendo que, o PS e o JPP elegeram um deputado cada um.
Contudo, fazendo uma análise mais atenta e pormenorizada dos resultados eleitorais, chegamos rapidamente à seguinte conclusão que, o PS/M para além de ter sido o grande derrotado da noite, perdeu cerca de 11.0000 votos em relação a 2024.
Paulo Cafôfo, parece estar cego e surdo. Mas, mudo não está, porque falou para dizer asneiras. Tentou justificar que, foi devido à onda de populismo que se estende por toda a Europa. Só que essa onda não afetou a coligação PSD/CDS nem o JPP que, até subiram em votos e percentagem.
Esta justificação, é ridícula e caricata, não dá para rir, nem para chorar…
Dá para lamentar, comentar, meditar, rezar … e outras coisas mais terminadas em ar.
Acredito, em parte, que o populismo tenha afetado o PS Nacional, mas o PS/M não! Porque, nunca foi governo na Região!
Pedro Nuno Santos, honra lhe seja feita, teve a humildade de se demitir com líder do PS/Nacional porque, obteve um dos piores resultados de sempre na história do seu partido.
Mas, Paulo Cafôfo não! Parece estar de pedra e cal… à espera de quê? de um milagre?...
Sr. Prof. o populismo surge porque, os partidos tradicionais de governação entraram em descrença quase total – prometem, prometem… e não resolvem os problemas mais relevantes, nomeadamente, dos jovens e não só.
A sua imagem positiva de ter conquistado a Câmara Municipal do Funchal em 2013, está cada vez mais ofuscada e denegrida e esquecida.
Porque a partir daí foi sempre a descer… descer…
E, ao querer continuar a ser líder do PS/M, vai levar este partido ao descalabro total - penso!
Mas, atenção: é essencial que surja alguém disponível e credível, capaz com novas ideias e iniciativas de modo a reconstruir o PS/M, (que está em cacos neste momento..) e procurar situá-lo no seu devido lugar, ou seja, ser alternativa de poder na RAM – algo que nunca conseguiu até à data.
O PS/M, não pode ser um partido apenas para dar emprego (tachos) a meia dúzia de acomodados e instalados, que não trazem nada de novo, porque já lá estão há imenso tempo.
Julgo que, o partido precisa de um líder forte que ponha os seus colaboradores directos a trabalhar, a contactar as populações com certa assiduidade, dialogando ouvindo os seus anseios, dificuldades do dia-a-dia entre outras coisas mais…
Tem de levar um abanão muito forte a todos os níveis e, acabar com a imagem de ser um partido onde predomina um certo elitismo latente. Ou não será?
Jorge Macedo