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Presidente da Conferência Episcopal não acredita que Igreja retroceda com novo Papa

Bispos portugueses na visita 'Ad Limina', em Maio de 2024.
Bispos portugueses na visita 'Ad Limina', em Maio de 2024., Foto Vatican Media/Arquivo

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse hoje, em Fátima, que o novo Papa não irá dar um passo atrás, depois do pontificado de Francisco.

"Penso que não há volta atrás a dar. É evidente que cada Papa que chegue, como qualquer pessoa, dá sempre um cunho próprio. O que o Papa Francisco fez foi admirável e vai-nos ficar na memória. Criou uma cultura nova dentro da Igreja. Agora, outros vão acentuar determinados parâmetros", afirmou José Ornelas, no final da 211.ª Assembleia Plenária da CEP.

Para o presidente da CEP, o caminho que a Igreja fez nos últimos "três, quase quatro anos", empenharam as bases da Igreja, em cada paróquia, pelo mundo inteiro.

"Se é verdade que houve reações também críticas, a maioria das pessoas participaram ativamente, com gosto e com esperança. Não seria fácil aceitar a milhares, dezenas, centenas de milhares e de milhões de pessoas dizer para voltar para trás. É este sentido que me dá confiança", reforçou.

Admitindo que "há gente que tem esperança de voltar atrás", o também bispo da Diocese de Leiria-Fátima frisou que "não é caminho que a Igreja hoje vai aceitar".

Sobre o futuro Papa, cujo conclave para a sua eleição se inicia na quarta-feira, José Ornelas adiantou que esteve no último sínodo com vários cardeais que participam na eleição.

"Não acho que haja um perfil só de uma pessoa. O que há são temáticas que se discutem, pelo menos daqueles que participaram do sínodo, e não tenho dúvida de que o percurso seria esse [avanço] de quem venha", apontou.

Assinalando-se hoje o 1.º de Maio, Dia do Trabalhador, a CEP aproveitou a data para desejar que "todos tenham um trabalho digno e possam usufruir de um salário justo e equitativo, com particular atenção aos mais jovens na construção do seu futuro".