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Uma matriz de sucesso

Este artigo faz parte de um conjunto de reflexões necessárias para contextualizar o momento atual de consolidação e crescimento da Universidade da Madeira (UMa).

No artigo anterior, explorei temas que continuam a fazer parte das preocupações da Academia e, por extensão, de todos nós: o reforço do investimento nacional e regional para financiar linhas de ação estratégicas; o investimento em infraestruturas; o acesso a fundos comunitários; e a majoração do orçamento da UMa para compensar os sobrecustos de insularidade e de ultraperiferia.

Nesta fase de projeção do novo mandato de reitor, de início de exercício do mandato do novo Governo Regional, e de expetativa quanto ao futuro Governo da República, é imperativo manter vivas estas preocupações, bem como acrescentar que elas têm constituído o cerne da luta por uma Universidade que se posicione na Madeira e na rede de ensino superior portuguesa, como uma Instituição fundada num projeto ambicioso, consequente e útil.

A UMa tem feito da sua história recente um modelo de resistência, consolidação e crescimento. Precisa, porém, de persistir na sua adaptação aos desafios que caracterizam a rápida evolução tecnológica da nossa era, exigindo capacidade de preparar as novas gerações para modelos de organização social, inteiramente diferentes dos do passado.

Tem, por isso, de continuar a se modernizar e ganhar dimensão, necessitando de atrair investimento sustentável, público e privado, para gerar valor que se transforme em crescimento e desenvolvimento para a Região Autónoma da Madeira (RAM).

Cada euro investido na UMa reverterá para a riqueza e competência da RAM. Os mais de 20M€ do orçamento de funcionamento anual da UMa têm já um impacto significativo na vida social e económica da Região.

Qualquer programa de formação contribuirá, para aumentar a inserção de jovens profissionais especializados nas diversas áreas de atividade em que a UMa intervém.

Qualquer programa científico implicará aumentar a capacidade de a Região ganhar visibilidade e competências no contexto tão competitivo como é o da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+i).

Qualquer incremento na atração de talento (regional, nacional e internacional), tornará o nosso modelo cada vez adequado ao que se exige de uma universidade moderna e global.

Volto, por isso, a insistir no tema fundamental do projeto universitário e politécnico da UMa, como um projeto de transformação da RAM, imprescindível para a consecução dos desígnios do próprio projeto autonómico, que requer de toda a sociedade e, sobretudo, dos decisores um compromisso para o tornar plenamente exequível.

Não devemos esquecer que, em casos idênticos, o sucesso teve origem neste tipo de matriz.