Chega denuncia uso do PRR para Mesquita e Centros de Acolhimento "milionários"
O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, denunciou o que considera ser um "uso abusivo e desenquadrado" das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Em específico, o parlamentar aponta para uma obra em andamento da zona da Tapada das Mercês, em Mem Martins, destinada à construção de uma mesquita, bem como a edificação de uma segunda estrutura, que servirá como escola islâmica.
Segundo o deputado madeirense, ambas as construções receberão cerca de 350 mil euros de fundos públicos provenientes do PRR, algo que, a seu ver, representa uma ofensa ao cidadão português dado que a instituição responsável pela obra, nomeadamente a Fundação Islâmica de Palmela acolhe práticas discriminatórias que violam os princípios constituição portugueses, entre as quais a segregação de género e a restrição de liberdade das mulheres.
O que temos é dinheiro que é destinado ao desenvolvimento do país a ser posto em algo que não traz nada em termos de crescimento económico. Com tanto português na miséria, a prioridade do governo é dar centenas de milhares de euros a mesquitas e escolas islâmicas. Não cabe na cabeça de ninguém Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República
Francisco Gomes, que é membro da Comissão de Acompanhamento da Execução do PRR, também critica outra obra que está a ser financiada pelo PRR, designadamente a construção de dois centros para acolher imigrantes ilegais. Segundo o deputado, a iniciativa, já decidida em Conselho de Ministros, irá custar cerca de 30 milhões de euros, com financiamento assegurado pelo PRR.
"Por causa da loucura da política de portas abertas, que este governo mantém, vemos rios de dinheiro a serem desviados das reais necessidades do país e dos cidadãos de Bem. Em vez de aproveitarmos as verbas para construir um país equilibrado e digno, investimos em quem nem deveria cá estar. É uma vergonha", afirmou.
O deputado do Chega mais realça o valor previsto para a construção dos centros de acolhimento e afirma que, na sua opinião, o mesmo não só é exagerado, mas também tem por objectivo agradar às empresas de construção com ligações directas e indirectas aos decisores políticos.
"Gastar 30 milhões em dois centros para 300 imigrantes significa gastar 100 mil euros por imigrante. A não ser que o governo esteja a construir 300 apartamentos T1, este dinheiro está a ser usado para encher os bolsos de alguém no ‘lobby’ da construção civil. Claramente, estão a aprender com a Madeira", finalizou o deputado madeirense.