Ele... e as eleições

ELE perdeu.

Melhor dizendo, não foi só o perder, ELE foi humilhado, desacreditado, severamente castigado.

Se nunca houve alguém que lhe dissesse ou se anteriormente não aprendera, aprendeu agora que... na vida não vale tudo!

Se, porventura, tem ética, dignidade, caráter, fez sempre por mostrar que não tinha e isso foi-lhe fatal.

Ser ambicioso não é defeito, mas quando não olhamos a meios para atingirmos os fins, já é criticável e corremos o risco de o feitiço voltar-se contra o feiticeiro e em lugar de atingirmos os fins, ficamos pelos princípios.

E foi isso que aconteceu a ELE.

Talvez ainda não tenha batido no fundo, mas vai continuar a afundar-se se persistir em não deixar o comando do “barco” e não levar consigo os que pensam e agem como ELE.

Também a “cassete” que tocava sempre que tivesse oportunidade, tornou-se cansativa para os que a ouviam, por duas razões fundamentais: - primeiro, porque a “música” já era conhecida por toda a gente, escusava estar sempre a ser recordada e, segundo, por não ser ELE a pessoa mais indicada para pô-la a “tocar”.

Bom, mas assim ELE quis, assim ELE teve e tiveram quase todos aqueles que afinavam pelo mesmo diapasão.

- O resultado das eleições regionais do passado domingo veio demonstrar claramente a insatisfação (quase) geral de um povo com o que se estava a passar na Madeira com a política, muito especialmente com o que acontecia no interior da Assembleia Regional.

Ninguém vota em partidos para deitar governos abaixo. As pessoas na sua boa fé, decidem dispersar os votos na expetativa de criar um clima de aproximação de forças entre governo e oposição, de modo que, possa proporcionar uma governação o mais transparente possível, a mais assertiva e conveniente para os interesses da Região e, consequentemente, do seu povo.

O povo não coloca na Assembleia juízes para julgar pessoas, para isso existe a Justiça que, se porventura está mal, atribuem a responsabilidade a quem a concebeu e, naturalmente, a quem aprovou as Leis.

Também - ao que nos parece – o povo madeirense não quer colocar na Assembleia Regional “governos sombra” nem vota com o intuito de criar “conflitos de interesses “e muito menos arranjar palco para exibições individuais ou coletivas.

A vontade da maioria dos eleitores de domingo passado ficou bem expressa e só não se concretizou na totalidade por um triz, que pensem bem nisso os que foram eleitos pela oposição para ocuparem as cadeiras na Assembleia Regional para a próxima Legislatura.

E é bom que aqui se diga também que não se convença o partido vencedor

Que o seu lugar é vitalício na governação da nossa Terra.

Este povo que votou – como votou – espera, contudo, que as suspeitas ou dúvidas existentes, no campo judicial, vindas de qualquer lado sejam brevemente esclarecidas por quem tem esse direito e dever, a bem dos visados, da Madeira e do povo em geral.

Juvenal Pereira