Explosão de mina em Belgorod mata jornalista da televisão russa
Uma jornalista da televisão estatal russa morreu na explosão de uma "mina inimiga" na região de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, anunciou hoje a entidade patronal no seu 'site'.
"Anna Prokofieva, uma repórter de guerra do Pervy Kanal, morreu no cumprimento do dever. Sucedeu na região de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, quando a equipa de filmagem (...) pisou uma mina inimiga", disse fonte do canal de televisão estatal, acrescentando que outro elemento ficou ferido.
No início de março, a Rússia alegou ter repelido tentativas de incursões do exército ucraniano na região, que é frequentemente alvo de ataques aéreos.
Rússia condena ucranianos capturados por terrorismo
A Rússia condenou hoje 23 ucranianos capturados por acusações de terrorismo decorrentes dos conflitos na Ucrânia, num julgamento que Kiev denunciou como uma farsa e uma violação do direito internacional.
Os arguidos foram condenados a penas que variam entre os 13 e 23 anos de prisão.
Os arguidos incluíam 14 combatentes da brigada de elite Azov, que a Rússia designou como grupo terrorista, e nove mulheres que trabalhavam como cozinheiras ou pessoal de apoio, de acordo com relatos dos meios de comunicação russos e ativistas dos direitos humanos.
Todos foram acusados de encenar um golpe de Estado violento e de organizar atividades de uma organização terrorista. Alguns enfrentaram uma acusação adicional de treino para realizar atividades terroristas.
O Memorial, um importante grupo de defesa dos direitos humanos russo que ganhou o Prémio Nobel da Paz em 2022, designou todos os arguidos como prisioneiros políticos.
Segundo o Memorial, alguns deles foram capturados em 2022 durante os combates na cidade portuária de Mariupol, onde resistiram na fábrica de aço Azovstal, cercada pelas tropas russas.
Outros foram detidos enquanto tentavam sair da cidade depois de esta ter sido invadida pelas forças russas, disse o grupo.
O enviado dos direitos humanos da Ucrânia, Dmytro Lubinets, denunciou os procedimentos quando estes começaram em junho de 2023 como "outro julgamento falso" realizado para "diversão própria" da Rússia.
"'Rússia' e 'justiça justa' não têm nada em comum. O mundo deve responder a tais julgamentos vergonhosos e fraudulentos de defensores ucranianos", disse Lubinets, acrescentando que os que "deveriam estar no banco dos réus não são aqueles que se defendem, mas aqueles que iniciaram a agressão, que invadiram terras estrangeiras com armas e que chegaram com tanques ao território de um estado independente".
Rússia lança 117 'drones' sobre o território ucraniano
A Rússia lançou 117 'drones' contra a Ucrânia na noite passada, incluindo aparelhos reais e réplicas que as forças russas usam para confundir as defesas inimigas, afirmou hoje num comunicado a Força Aérea ucraniana.
As defesas aéreas ucranianas abateram 56 'drones' de ataque Shahed e outros modelos de aparelhos aéreos não tripulados de ataque durante a noite no norte, sul, leste e centro da Ucrânia, de acordo com a nota da Força Aérea.
Outros 48 'drones' sem cargas explosivas --- réplicas dos aparelhos aéreos não tripulados Shahed --- caíram sem causar danos.
O ataque causou danos nas regiões de Sumi (nordeste), Dnipropetrovsk, Kirovohrad e Cherkasy (centro).
Este mais recente ataque com 'drones' ocorreu depois de a Rússia e a Ucrânia terem garantido aos EUA, na terça-feira, que iriam trabalhar para o estabelecimento de uma trégua aos ataques no Mar Negro e às infraestruturas energéticas, sem estabelecer condições concretas ou calendários para este cessar-fogo parcial.
A guerra na Ucrânia começou em 2014 com a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia e, posteriormente, em 24 de fevereiro de 2022 as tropas russas invadiram o território ucraniano.