DNOTICIAS.PT
Regionais 2025 Madeira

"Ao longo de 30 anos de vida pública nunca fui corrompido"

Miguel Albuquerque em entrevista à SIC Notícias

None
Foto Aspress

O presidente reeleito do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou esta noite, em entrevista à SIC Notícias, que tem a convicção de que não será condenado no processo de corrupção em que é arguido, sublinhando que se tratou de uma denúncia anónima.

A minha convicção é que não existe nesse denúncia nenhum fundamento para existir uma condenação Miguel Albuquerque

"Ao longo de 30 anos de vida pública nunca fui corrompido", declarou Miguel Albuquerque, ressalvando que "a condição de arguido obriga a sermos ouvidos, a consultar o processo e, inclusivamente, antes da fase do processo, há uma fase de instrução para se oporem às razões, no sentido de haver um posterior esclarecimento".

"Até lá a minha convicção é que eu não vou ser condenado por nada", vincou o governante, que venceu ontem as Eleições Legislativas Regionais antecipadas.

O líder do Governo Regional considerou ainda, a propósito que "as denúncias anónimas estão a matar a democracia", acusando os "partidos populistas e extremistas" de utilizar as denúncias anónimas para visar os titulares de quadros públicos e, desse modo, "causar desestabilização política".

A pior coisa que pode acontecer é a suspeição. E este instrumento, no fundo, de fazer política, é através das denúncias anónimas. Por um lado, levam a uma retirada dos bons quadros da vida pública, porque ninguém está sujeito a ser enxovalhado na praça pública, as pessoas têm família, têm a sua credibilidade. E, por outro lado, leva a que haja uma situação de incerteza de desestabilização, que leva à queda de governos, leva a que a agenda política não seja concentrada naquilo que é essencial para o futuro e seja circunscrita e a estas questões de lana-caprina, que não interessam a ninguém Miguel Albuquerque

Ainda sobre o impacto das denúncias anónimas na vida dos titulares de cargos públicos, Albuquerque evidenciou que "quando [os processos] são resolvidas ninguém lhe agradece". "Só no dia em que morrem, depois dizem que as pessoas eram óptimas", atirou.

Questionado pela jornalista sobre se se demitiria caso fosse formalmente acusado, o presidente do Governo da Madeira respondeu que "depende da configuração da acusação". "Já vi acusações judiciais perfeitamente descabidas. Depende, dos casos concretos. Eu não faço ideia nenhuma do que é que está lá no processo, que ainda não consultei", sustentou, referindo adiante que "só por equívoco" é que poderia ser condenado.

Eu sei quem sou. Sei aquilo que durante toda a minha vida pública, nos casos que desempenhei, sei quais foram as minhas condutas Miguel Albuquerque

"É tempo dos partidos nucleares enfrentarem os partidos populistas"

Chega "está à espera que as instituições democráticas e seus os titulares caiam" para se apresentar como "salvador", acusa Miguel Albuquerque