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Regionais 2025 Madeira

Maioria para governar com sondagens a ajudar

O PSD apostou no contacto directo com os eleitores lembrando o que foi posto em causa com a queda do Governo

“Uma maioria confortável” para poder formar um governo para quatro anos, foi a o que Miguel Albuquerque pediu aos madeirenses, desde que foram marcadas eleições regionais antecipadas. E foi isso que marcou a campanha do PSD.

Em todas as acções no terreno, a ideia que foi passada aos eleitores foi a necessidade de concentrar o voto no partido ‘laranja’ para evitar nova crise política.

"Se o PSD não ganhar as eleições e se não ganhar com uma maioria confortável vai ficar em causa o nosso futuro e, mais do que o nosso futuro, vai ficar em causa a nossa autonomia política" Miguel Albuquerque

A frase foi preferida pelo líder do PSD-M no comício de quinta-feira, no largo da Assembleia Legislativa da Madeira, mas já tinha sido repetida, diariamente, ao longo de duas semanas.

Maioria para governar e dar continuidade aos bons resultados da economia regional, com a taxa de desemprego mais baixa do país, um rácio da dívida em relação ao PIB abaixo da média nacional e da União Europeia e todo um conjunto de investimentos previstos para os próximos anos.

E os culpados da crise política que impediu que todo esta ritmo de sucesso fosse interrompido, segundo o PSD, estão identificados: as partidos que aprovaram a moção de censura do Chega ao Governo Regional e rejeitaram a proposta de Orçamento Regional para 2025.

Estas eram as notas que as equipas de campanha levavam e repetiam aos eleitores.

Sim, porque o PSD recorreu, mais uma vez, à sua experiência de terreno, testada e treinada ao longo de décadas e que permite saber como falar ao Povo.

Os sociais-democratas não tiveram grandes acções mediáticas – a maior estava reservada para o encerramento – mas estiveram junto dos eleitores. Nos cafés, nos supermercados, nas paragens de autocarros, nas empresas e instituições. Falaram com pessoas, o que conta mais do que colar cartazes.

E foi precisamente no material fixo que o partido gastou menos. Poucos cartazes, nenhum com a cara de Miguel Albuquerque, mas com mensagens directas: o que ficou em causa com o chumbo do orçamento regional; promessas de melhorar pensões; mais habitação.

Nas redes sociais, desta vez, o PSD esteve presente e com uma campanha variada. As acções diárias foram sempre reproduzidas, mas o líder teve uma agenda própria, quase paralela. Miguel Albuquerque usou a sua página no Facebook para apresentar receitas de cozinha e procurou dar um ar mais popular. O efeito desta novidade ainda estará por apurar.

O que teve um efeito visível na campanha do PSD foi o resultado das sondagens publicadas esta semana, pelo JM e pelo DIÁRIO que apontam para uma vitória clara do partido que até pode aspirar a uma maioria absoluta.

Os números dos estudos de opinião poderão ter sido o incentivo que faltava para animar as hostes ‘laranja’. A arruada de ontem foi uma das maiores dos últimos anos, superior às duas últimas eleições regionais e terminou num comício que encheu o largo da Assembleia.

Mas Albuquerque não entra em euforias e voltou a lembrar que "as sondagens não determinam eleições" e é importante "assegurar um governo com estabilidade para a Madeira".