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Regionais 2025 Madeira

"Enquanto se financia um projecto comercial, há hospitais sem medicamentos", atira IL

Gonçalo Camelo contra investimento público no campo de golfe na Ponta do Pargo

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Foto ASPRESS (2024)

A Iniciativa Liberal Madeira manifestou-se esta quarta-feira, 5 de Fevereiro, contra "o investimento de milhões de euros que o Governo Regional insiste em fazer, através da Sociedade Ponta Oeste, num campo de golfe na Ponta do Pargo, deixando para trás prioridades tão necessárias como o investimento na saúde, educação ou em infra-estruturas essenciais para os madeirenses".

Em nota emitida, o coordenador regional do partido, Gonçalo Camelo, considera que se trata de "mais um exemplo do modelo em que o governo socializa os custos e privatiza os lucros, assumindo os riscos de um negócio que deveria ser 100% privado".

A IL Madeira considera que se este projeto fosse viável, os investidores privados avançariam por conta própria, sem precisar de fundos públicos, e o facto de tal não acontecer demonstra que se trata de um investimento de rentabilidade duvidosa, onde os encargos recaem sobre os contribuintes e os lucros beneficiarão apenas alguns. IL Madeira

A Iniciativa Liberal Madeira critica que "enquanto se financia um projecto comercial, há hospitais sem medicamentos, escolas degradadas, estradas por requalificar e uma Protecção Civil com recursos insuficientes".

“O Governo Regional deveria garantir que as necessidades básicas da população são atendidas antes de gastar milhões num empreendimento elitista. As falhas no abastecimento de medicamentos, os atrasos na construção do novo hospital e a degradação de infra-estruturas essenciais mostram que há prioridades bem mais urgentes do que um campo de golfe. A governação deve focar-se no bem-estar dos madeirenses e não em projetos de luxo para benefício de alguns grupos económicos.”, defende Gonçalo Maia Camelo, coordenador da Iniciativa Liberal Madeira.

O partido indaga se terão sido "devidamente avaliados os custos e benefícios do projecto, se está garantida a transferência efectiva dos custos e riscos para os futuros concessionários", defendendo um modelo em que o Estado "não é empresário nem investidor, mas sim um facilitador de um ambiente económico justo e competitivo".

O papel do Governo Regional, aponta a IL Madeira, "não é construir campos de golfe, hotéis ou empreendimentos imobiliários, mas sim criar condições para que os privados possam investir, inovar e crescer sem depender de subsídios ou investimentos públicos".

“A Madeira precisa de uma governação que respeite os contribuintes e que coloque os serviços essenciais à frente de projetos de fachada. Os madeirenses merecem, além de melhores cuidados de saúde, uma educação de qualidade e infra-estruturas seguras, antes de se considerarem investimentos supérfluos. Merecem, também, mais liberdade de escolha. Basta de despesismo e de decisões políticas que beneficiam apenas alguns. É hora de mudar de rumo e garantir que o dinheiro público é utilizado para melhorar a vida de todos”, conclui.