Desigualdade não 'bate certo' com excedente orçamental
Gonçalo Leite Velho, coordenador dos Estados Gerais do PS Madeira, que decorre hoje
Gonçalo Nuno Leite, coordenador dos Estados Gerais do PS Madeira falou aos jornalistas, sobre as motivações que levam à organização desta iniciativa. Os Estados Gerais "fazem parte de uma longa tradição no Partido Socialista de pensar, de planear, de ter perspectiva para depois poder desenvolver o seu programa político para a Região", passando, "essencialmente, por ouvir as pessoas, conseguir auscultar a sociedade civil para depois poder implementar".
Na mesma intervenção, antes do evento, referiu que "é exatamente isso que nós vamos fazer aqui hoje, é ouvir para percebermos ainda mais a fundo os problemas, temos pessoas qualificadas, capacitadas, para depois desenvolvermos um programa político para a região", reforçou.
Sobre a temática desta iniciativa "estabilidade e compromisso", referiu que "ainda hoje temos a notícia acerca de um excedente orçamental recorde que supera tudo aquilo que conhecemos". E explicou: "Se já tivemos problemas ao nível do país, acerca da questão de excedentes orçamentais que criaram constrangimentos, aqui na Madeira, por força das desigualdades, estes números são ainda mais acutilantes. Nós temos uma situação de grave desigualdade social, temos situações de pobreza, temos hospitais sem medicamentos, temos problemas de mobilidade. É estranho, é incompreensível que se apresente um excedente orçamental de quase 10%, cerca de 150 milhões de euros, para uma despesa orçamental que anda à volta dos 1.500 milhões de euros."
Em seu entender, "isto é, de facto, algo muito estranho e importa que consigamos ter um programa para a Região que saiba, efectivamente, distribuir aquilo que é a riqueza, que saiba combater as desigualdades e que saiba conduzir para uma prosperidade que diz respeito a todos".
Enquanto o coordenador dos Estados Gerais, Gonçalo Leite Velho salientou que no dia 15 de Fevereiro, "será dedicado à área social". Se hoje, será sobre as tecnologias, a agricultura, o turismo sustentável e também a boa governação, dentro de 13 dias, serão "os problemas concretos também dos madeirenses, como a saúde, a habitação, a educação, as instituições e a democracia", num programa "muito intenso, desenvolvido num curto espaço de tempo, que só demonstra a capacidade e a equipa que tem o Partido Socialista", concluiu.