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Turismo Madeira

Proveitos totais no alojamento turístico da Região aumentaram 15,3% em 2024

Proveitos no alojamento turístico duplicaram face às dormidas e quase triplicaram face aos hóspedes entrados em 2023

Foto Shutterstock
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Os proveitos totais no alojamento turístico da Madeira em 2024 ascenderam a mais um novo recorde de 756,7 milhões de euros, 538 milhões dos quais foram proveitos de aposento. Isto representou um crescimento de 15,3% e 16,3%, respectivamente, face ao anterior máximo que tinha sido estabelecido em 2023.

Os dados divulgados hoje pela DREM, em conjunto com o INE, mostram que no último mês do ano passado, "na Região Autónoma da Madeira (RAM), o alojamento turístico registou a entrada de 146,3 mil hóspedes, os quais geraram 790,2 mil dormidas, traduzindo variações homólogas positivas de 9,0% e de 12,8%, respectivamente. O segmento da hotelaria concentrou 69,8% das dormidas (551,3 mil), observando um aumento de 8,8% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (28,1% do total) e o turismo no espaço rural (2,1% do total) cresceram 25,1% e 2,9%, pela mesma ordem", destacando-se claramente o forte crescimento do AL.

Crescimento esse que o INE continua a não registar na totalidade, o que obriga a DREM a divulgar, também, dados paralelos nos quais é necessário excluir o alojamento local com menos de 10 camas, sendo que, "segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico registaram um acréscimo homólogo de 8,8%, variação inferior à verificada a nível nacional (+2,9%)". Em sequência, "a taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico, no mês em referência, foi de 54,0%, valor superior (+3,5 p.p.) ao observado no mês homólogo. Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 61,3% (59,9% em dezembro de 2023)".

Apenas em Dezembro de 2024, o mês da 'Festa' "a estada média no conjunto do alojamento turístico registou um aumento face ao mesmo mês do ano anterior (4,65 noites), fixando-se em 4,82 noites. Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria (4,86 noites) e no alojamento local (4,84 noites), seguidos pelo turismo no espaço rural (3,71 noites)", adianta a DREM.

No total do ano, os hóspedes entrados superaram largamente os 2,2 milhões (2.225.800; +6,5% que em 2023), "o mesmo sucedendo com as dormidas, que ultrapassaram os 11,7 milhões (+7,1% face a 2023). Por sua vez, a taxa líquida de ocupação-cama atingiu os 66,8% em 2024 (+1,3 p.p. que em 2023), enquanto taxa de ocupação-quarto fixou-se em 75,9%, valor idêntico ao de 2023", resume dados já divulgados a 31 de Janeiro último.

Diz a autoridade estatística regional que "os 10 principais mercados emissores representaram 82,6% do total das dormidas registadas em Dezembro de 2024", destacando-se, "com um peso superior e uma variação positiva, a Alemanha (21,6% do total; +10,5% face a Dezembro de 2023), seguindo-se o Reino Unido (18,8% do total), que registou um aumento de 2,1%, em comparação com Dezembro de 2023. O mercado português ocupa o terceiro lugar (18,3% do total), com um crescimento homólogo de 35,3%. Na quarta posição encontra-se o mercado polaco (7,9% do total; +33,0% face a dezembro de 2023), à frente dos mercados da França (3,4%; +14,5%) e dos Países Baixos (3,0%; +20,6%)", destacando-se os franceses a perderem o 4.º lugar que tinham consolidado nos últimos anos, embora aqui apenas em Dezembro.

É que "em 2024, os dois principais mercados emissores registaram variações nas dormidas (em comparação com 2023) em direções opostas. O mercado alemão foi o que apresentou o aumento mais expressivo, de +6,0%, enquanto o mercado britânico registou uma ligeira quebra de 0,7%. Já o mercado de residentes em Portugal, o terceiro principal mercado, observou uma variação positiva de 4,1% no mesmo período", sendo que ao longo do ano, o mercado francês cresceu 14,5%.

Por fim, voltando ao início: "Os proveitos totais e os de aposento, em Dezembro de 2024, apresentaram crescimentos homólogos de 22,6% e de 25,3%, respetivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 55,9 milhões de euros e nos 38,5 milhões de euros. No País, no mesmo mês, as variações homólogas foram igualmente positivas, tanto nos proveitos totais (+9,2%), como nos de aposento (+9,3%). Em termos acumulados, as variações, na Região, foram de +15,3% e +16,3%, respetivamente, totalizando, em 2024, os 756,7 milhões de euros, no caso dos proveitos totais, e os 538,0 milhões de euros, no que se refere aos proveitos de aposento." Números que revelam que os proveitos totais e de aposento no alojamento turístico duplicaram face ao crescimento das dormidas e quase triplicaram face ao dos hóspedes entrados em 2023.

Nota ainda para o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) em Dezembro de 2024 que "rondou os 70,13 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +21,3% que no mesmo mês do ano precedente. Por sua vez, o rendimento médio por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 96,56€, em Dezembro de 2023, para 114,50€, em Dezembro de 2024 (+18,6% de variação homóloga)", justificando por isso o crescimento exponencial dos proveitos de alojamento.

"No ano de 2024, registou-se um RevPAR de 83,13 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), o que representa um aumento de 13,3% em relação a 2023. No setor da hotelaria, o RevPAR foi de 89,65 euros (+14,7%). Quanto ao ADR, os valores foram mais elevados, totalizando 109,47 euros no conjunto do alojamento turístico (+13,3% que em 2023) e 113,50 euros na hotelaria (+14,2%)", em linha com o referido acima.

Prática de Golfe cresce 5,2%

No que toca ao Inquérito aos Campos de Golfe em 2024, revela que "foram realizadas de 78 983 voltas nos três campos de golfe da RAM (+5,2% que em 2023)". E acrescenta: "Esta atividade gerou cerca de 4,0 milhões de euros de receitas (+5,6% que no ano precedente). Destaca-se que 74,6% das voltas foram realizadas por não sócios, oriundos na sua maioria dos Países Nórdicos, Alemanha e Reino Unido. Do total de voltas, 59,4% foram vendidas por estabelecimentos hoteleiros e afins, 27,6% pelos próprios campos de golfe e os restantes 13,0% foram transacionados por operadores turísticos".

Mais de 716,8 mil passageiros em trânsito nos cruzeiros

Não sedo números recentes, uma vez que a APRAM já as havia divulgado, é importante ainda assim notar que a DREM dá conta que "atracaram 316 navios de cruzeiro nos portos da RAM, transportando um total de 716 806 passageiros em trânsito, o que representa um aumento de 16,4% em relação a 2023. O número de escalas registadas, no mesmo período, cresceu 13,3%, correspondendo a mais 37 navios de cruzeiro nos portos da RAM".