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Olhar a parte de trás da árvore

Praticamente terminado que está mais um ano e estando todos nós a caminho de mais um ano, em que desejamos o melhor para todos nós, para os nossos familiares e amigos, faço também votos de um Feliz Ano Novo aos funchalenses, em particular, mas igualmente a todos os madeirenses e porto-santenses em geral.

Nestas datas tão simbólicas e tão presentes no nosso consciente colectivo, é normal, antes de se entrar de pé direito e com 12 passas na mão, no Ano Novo, que se faça um balanço do que se passou. Nesse sentido e sem ser exaustivo e perder-me em pormenores, realço de maior importância para o nosso futuro colectivo, a “redescoberta” da estabilidade governativa que a população da Madeira e Porto Santo, através da sua vontade e dever cívico, concretizou, nas eleições legislativas de Março de 2025.

Sem estabilidade não há governação que resista, não há investimento, desenvolvimento, progresso, melhor e mais bem-estar social e a qualidade dos serviços públicos deteriora-se, afectando toda a população, mas em particular os mais vulneráveis, nomeadamente na saúde e na educação, áreas fundamentais para o futuro que queremos, conjuntamente, continuar a construir, fazendo da Madeira, uma das melhores Regiões da Europa para se viver e trabalhar.

No próximo ano, vamos mais uma vez, mais concretamente a 18 de janeiro, ser chamados a votos. São as eleições presidenciais e a figura do Presidente da República, enquanto fiel da balança da governação e do rumo que o país quer para o seu futuro, mais ainda num tempo político sem maiorias parlamentares e em que o primeiro magistrado da nação, até por vivermos num sistema de governação semipresidencialista, tem um papel central no equilíbrio de poderes.

É mais do que provável que haja uma segunda volta e, por exclusão de partes e em nome da estabilidade e dos equilíbrios, sempre necessários para uma governação de sucesso, confio que os madeirenses e os portugueses irão fazer a escolha acertada.

Esta foi também a semana em que a Assembleia Municipal da Câmara Municipal do Funchal aprovou o Orçamento Municipal do Funchal para 2026. Felizmente, em Outubro de 2025, os funchalenses fizeram igualmente uma escolha eleitoral que premiou a estabilidade, depositando a confiança numa equipa que preparou um documento focado, rigoroso e humanizante, já que apresenta um significativo pendor social sem descurar o investimento noutras áreas e que são fulcrais para o presente e futuro da nossa cidade: a habitação, a mobilidade, a gestão da água, um recurso primordial para todos nós, bem como a limpeza urbana, que queremos melhorar mais ainda e que tanta admiração causa a quem nos visita, a que ainda se junta a mais baixa fiscalidade municipal de sempre, beneficiando os funchalenses e as empresas.

Mas o Orçamento Municipal do Funchal para 2026 não esquece que a autarquia existe para os funchalenses, para os que cá vivem e trabalham, bem como os que nos visitam e que a qualidade dos serviços públicos por nós prestados tem de ser a melhor, por isso mesmo a aposta na valorização e modernização dos recursos humanos, quer em qualidade, quer em quantidade.

Seja na política, seja no dia-a-dia das pessoas há uma tendência, cada vez mais espalhada, do mal-dizer, muitas vezes gratuito e sem fundamento, deturpando e menorizando a realidade e o que de positivo se faz, mormente em prol do bem comum, daí que o meu desejo para todos é que saibamos, em 2026, olhar para a parte de trás da árvore e assim poder vê-la no seu todo.