Albuquerque classifica exigência no subsídio de mobilidade como “idiotice burocrática”
Presidente do Governo Regional diz que proposta “não tem pés nem cabeça” e garante que não avançará
O presidente do Governo Regional considerou esta segunda-feira uma “idiotice burocrática” a eventual obrigatoriedade de apresentação de certidões fiscais para acesso ao subsídio de mobilidade, classificando a ideia como absurda, ilegal e desligada da realidade das pessoas.
Miguel Albuquerque falava aos jornalistas à margem da visita, ao início da tarde de hoje, ao Mega Presépio do Jardim da Serra, criado pela Associação Cultural e Recreativa Flor da Cerejeira, com o apoio da Junta de Freguesia local, e instalado na garagem do Centro Cívico da freguesia.
“Não tem pés nem cabeça. Cada vez que alguém fosse pedir um passe para a Carris, para a CP ou para qualquer meio de transporte subsidiado pelo Estado, ia ter de apresentar uma certidão fiscal? Isto é uma burocracia bizantina que não cabe na cabeça de ninguém”, afirmou.
O líder do Executivo madeirense considerou que se trata de uma proposta “perfeitamente absurda”, sublinhando que acabaria por penalizar injustamente os cidadãos. “Quem tivesse uma dívida não podia viajar? Então também no continente quem tivesse dívidas não andava de comboio nem de autocarro? É uma coisa de gente louca”, criticou.
Questionado sobre se o Governo da República tinha conhecimento da intenção, Miguel Albuquerque rejeitou essa hipótese. “Acha que alguém de bom senso, ou o primeiro-ministro, aceitava uma coisa destas? Claro que não. Isto vai cair e nem vai ser aprovado”, garantiu.
O presidente do Governo Regional disse ainda não ter abordado directamente o assunto com o primeiro-ministro, mas mostrou-se confiante numa resolução. “O secretário já está a falar com o senhor ministro e isto vai ser resolvido. Deve ter vindo de um departamento qualquer desses milhões que existem para complicar, em vez de apoiar as pessoas”, concluiu.