Inês Sousa Real reeleita porta-voz do PAN e conquista todos os lugares da direção
Inês de Sousa Real foi hoje reeleita para um terceiro mandato como porta-voz do PAN, com 69 dos 72 votos dos delegados, conquistando todos os lugares da direção.
Os resultados foram anunciados pela presidente da Mesa do X Congresso do PAN, João Fontes da Costa, cerca das 17:45 horas, depois de uma votação por voto secreto, que decorreu na última hora antes da divulgação do apuramento.
Em 72 votos possíveis (número de delegados presentes), a lista B, "Em frente pelas causas", conseguiu 69 votos (95,3 %) e a lista A, "Transformar para Crescer", que esteve ausente em protesto, teve apenas um voto (1,38%). Houve ainda dois votos brancos.
O partido tinha anunciado que estariam presentes no Congresso 114 delegados, mas o número final ficou muito aquém do previsto.
Assim, a lista de Inês de Sousa Real aumenta a presença na Comissão Política Nacional, ficando com todos os 27 lugares.
Em 2023, Inês de Sousa Real tinha conseguido 72% dos votos (correspondentes a 20 lugares) no IX Congresso do partido. Em 133 votos possíveis, a lista A "Pelas causas que nos unem", conseguiu 97 votos (72%) e a lista B "Mais PAN, Agir para renovar" 35 votos (28%, correspondentes a sete mandatos), tendo-se registado também um voto branco.
No que toca ao Conselho de Jurisdição Nacional, a lista B obteve 71 votos, o que significou que a lista da porta-voz fica com a totalidade dos três lugares deste órgão. A lista A teve apenas um voto.
Apelo ao diálogo entre partidos "democráticos" face a ameaça a direitos humanos
A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, defendeu no discurso de encerramento do nono Congresso do PAN, que o mundo enfrenta uma ameaça que deve convocar ao diálogo entre todos os partidos do "espectro democrático" para que não haja recuos nos direitos humanos.
"Basta olharmos para Trump, para a China de Xi Jinping ou até mesmo para o presidente Putin, para percebermos que, efetivamente, temos hoje uma ameaça global que nos tem que convocar todos os partidos do espectro democrático para fazer este diálogo", apelou.
A líder do PAN enumerou, como exemplos desse diálogo, a presença do partido em coligações autárquicas nos concelhos de Sintra e Coimbra, acrescentando que quer dar continuidade a "esse trabalho para que não haja um passo atrás nos direitos humanos" e nas causas do partido.
Num discurso em que começou por saudar a lista opositora, que esteve ausente, e enfatizou que "em democracia é bom que existam diferentes visões", Sousa Real afirmou que, neste Congresso, começou um "novo ciclo do PAN" e um "novo ciclo político para o país".
A líder do PAN definiu ainda como principais desafios dos últimos anos à frente do partido a instabilidade política, que levou as suas direções a enfrentar já sete atos eleitorais, mais eleições do que "qualquer outra liderança do PAN ou de outros partidos", e os conflitos internacionais, nomeadamente na Palestina e na Ucrânia, e os seus impactos na economia
"O PAN tem dado resposta também a essas preocupações, evidentemente dando o seu cunho de sustentabilidade , de justiça e de progresso económico, estando aliado o progresso social e ambiental, que não deve nem pode ficar por atrás", frisou.