O Almirante sem ferry
Havia o general sem medo. Agora temos o almirante sem ferry. Prefiro o “sem medo” ao “sem ferry”. É caso para dizer que lhes falta sempre qualquer coisa. Nunca são completos. São formatados em dez anos de ginástica e vinte de tácticas virtuais para a defesa impossível de um país sem forças armadas e tecnologia mínima. A defesa do país do almirante não aguentaria um dia de invasão russa, mesmo de assédio marroquino. Basta lembrar o almirante a obrigar de “chicote” os seus marinheiros num navio da armada com água pela cintura. Perseguindo no navio Mondego hipotéticas ameaças russas no Atlântico, perto da Madeira. Um enxovalho escusado, apenas justificado pela obsessão de mostrar serviço, ser notícia e dar nas vistas. Condenado pelo tribunal.
O “desjeito” que se vem confirmando no tempo. A falta de qualidade que os debates expõem.
Sejamos directos: não nos diz nada de útil nem com ele nos identificamos.
A primeira fraude política, desde logo, foi rejeitar o ferry sem perceber nada do tema. A pedido de um seu colega, também ele “desarmado” na Madeira. Mostrou, de imediato, ao que vem e o que dele podemos esperar. Sentenciar temas sensíveis do povo insular, negando o direito universal de defesa do interesse específico, revela desdém por vontades colectivas que suplantam interesses particulares. Que condicionaram a sua intromissão no tema do ferry. O almirante mostrou ser peça do mesmo calibre daqueles que fizeram e fazem política de baixo nível, com seriedade duvidosa e objectivos nebulosos.
Curioso, ou talvez não, o apoio de José Manuel Rodrigues ao ex-almirante.
O líder do CDS Madeira, José Manuel Rodrigues, declarou apoio ao almirante Gouveia e Melo. Normalmente seria legítimo. Acontece que este candidato presidencial é opositor do ferry entre o Continente e a Madeira o que associa José Manuel Rodrigues, o CDS e Secretaria Regional da Economia a serem oposição a uma das maiores ambições insulares, o nosso desejado ferry. Assim, o Governo Regional, em particular o secretário regional encarregue de arranjar o prometido ferry, mostra apoio a forças políticas contrárias ao cumprimento do programa do governo. Promove ao cargo presidencial quem contraria a sua ambição como governante regional. No mínimo não fica bem. José Manuel Rodrigues tem de fazer urgente declaração de compromisso pela concretização do ferry. É o preço das responsabilidades, da ética política e da seriedade.
Ou fazer como Jardim: terminar o apoio ao almirante.
Auto-estradas e aeroportos
Se não pagam
portagens nós
não pagamos
taxas
aeroportuárias
Não é aceitável que os portugueses no continente não paguem portagens nas suas auto-estradas e, ao contrário, nós madeirenses pagamos taxas aeroportuárias. Aqui e lá. Porque a diferença? Os nossos deputados na Assembleia da República têm de exigir igual trato. Portugueses por igual!
Estacionamento no Funchal
Proponho que os estacionamentos pagos na Cidade também o sejam ao sábado à tarde e ao domingo. É um abuso de muitas empresas aproveitarem ser gratuito para estacionar as suas viaturas comerciais e de rent-a-car em zonas comerciais nobres. Impossibilitam ter onde estacionar ao fim de semana, quando há mais disponibilidade para ir às compras. Ao fim de semana não há onde estacionar.
Ucrânia
Somos o país no mundo que mais debate a guerra na Ucrânia. Vejam no cabo se outro canal televisivo internacional perde tempo com essa guerra. E o que temos nós com ela? Há gente que todos os dias comenta a situação na Ucrânia. E ganha com isso. Puras invenções especulativas. Tratam-nos por tontos.
Escrevo este parágrafo na 2.ª, 1 de dezembro, às 19,10 horas. Todos os canais, ditos de informação, falam da guerra na Ucrânia. Não há escolha.
Os debates
É estupidez da mais pura, os comentários com notas depois dos debates. Querem fazer as pessoas de burras, sem opinião própria. Peruram sobre o desempenho de cada candidato como se todos tivessem de ser iguais para compará-los. É evidente a escola política de cada um deles, coisa que o almirante não tem, e não se entende como os querem comparar. Cada um faz a sua missa e o povo valorizará.
O cúmulo do ridículo são as notas, para o caso do espectador não perceber o comentário e baralhar a sua conclusão. Com notas fica tudo bem explicadinho.
Não percebo como gente minimamente inteligente e culta, ou talvez não, fazem aquele papel miserável.
O cúmulo é cada canal privado ter o seu director presente para dar a nota do patrão. Um escândalo. O dono da TVI apoia o almirante e põe o seu director de canal a dizer que o militar é sempre o vencedor do debate. Isto, nem na Nigéria !
Cristiano Ronaldo
É ignominioso criticar CR7 por ser recebido na Casa Branca pelo presidente dos Estados Unidos, o homem mais poderoso do planeta, o líder da grande democracia ocidental. São todos uma canalhada de invejosos e ciumentos, que se arranham por não estarem em lado algum com distinta relevância.
Uns miseráveis comentadores, e outros que tais, que fazem vida a dizer asneiras e a contarem mentiras com que tentam influenciar quem está distraído em casa.
António Costa lá esteve há dias em Washington e ninguém se atreveu a condenar o episódio.
Acompanhei o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, integrando a sua comitiva, na viagem oficial à China. Nessa qualidade jantei no Palácio do Povo a convite e na presença de Xi Jinping. Uma honra para a “minha História” pessoal. Inesquecível.
Acham que por algum momento me lembrei não ser o regime chinês uma democracia? Pensam que fui inibido pelo facto de Xi Jinping estar nomeado presidente vitalício, sem qualquer eleição popular?
Alguém desaconselhou ou condenou a viagem de Marcelo por causa dos vícios históricos da China? Não foi o líder comunista Mao Tse-tung uma referência da esquerda portuguesa no pós 25 de Abril?
A entrega de Macau à China foi contrariada em Portugal pela natureza política do regime de Pequim?
Deixem-se de serem sovinas com o nosso maior ídolo e embaixador mundial!
A confirmar-se o seu casamento, na Madeira em 2026, será o evento social mais espetacular da nossa História. Boa sorte, também para o sucesso da projeção mediática que será única e óbvia.