Exposição colectiva e mostra do espólio de Artur Pestana Andrade encerram 'Madeira Art Fest'
A 6.ª edição do Madeira Art Fest encerra com uma exposiçao colectiva, que será inaugurada amanhã, 17 de Dezembro, pelas 14 horas, no Centro Cultural John dos Passos. Trata-se de um "diálogo entre gerações".
Segundo explica nota à imprensa, a exposição junta a criação contemporânea de Carina Mendonça, Coletivo Arte Sem Nome, Nuno Berenguer, André Moniz, Óscar Silva, Verónica Passaretti, Eli e Maringa. Do outro, o privilégio de aceder ao espólio de Artur Pestana Andrade (1927-1992).O espólio de Andrade, músico, professor e crítico musical que tanto deu à música tradicional da Madeira, traz a esta edição obras raras de artistas madeirenses como Anjos Teixeira e António Nelos,António Aragão e nomes que marcam a história da arte mundial como o mestre argentino Alberto Cedrón ao génio nacional Júlio Pomar, passando pelo traço de Tóssan (colaborador de Bertolt Brecht) e a sátira acutilante do francês Siné.
A primeira fase desta edição do Madeira Art Fest arrancou a 20 de Setembro, com o intercâmbio musical e a criação original com as bandas Noves Fora Nada (Évora, num intercâmbio direto com o talento regional das bandas de originais) Indieshop, Mud Revolution e Magma Nox.
Já a segunda fase deu-se entre 20 e 29 de Novembro, que levou o festival ao coração do Faial, São Roque do Faial e Sítio da Feiteira de Cima. "Este programa foi a resposta clara à missão de descentralização do festival, focando-se em atividades de arte participativa e educação. Desde espetáculos sensoriais para bebés e teatro de marionetas , até workshops sobre a "Arte do saber fazer" , contou com o encontro da Confraria da Truta e da Sidra onde actuou o jovem talento regional Tiago Freitas (ex-concorrente do The Voice Kids) , o festival provou que a cultura é um recurso de todos, para todos e criado por todos", aponta nota à imprensa.
Um dos pontos altos foi o início da criação de um Herbário de Medicina Popular Regional, resultado da residência artística no Sítio da Feiteira de Cima. "Mais do que um registo botânico, este herbário é um arquivo de 'Memória Viva', onde o conhecimento ancestral sobre as ervas medicinais e os costumes rurais é resgatado do esquecimento para se tornar um recurso valioso para o futuro. É o Património Cultural Imaterial a transformar-se em arte e o saber partilhado", assume a organização.