Catarina Martins defende aprofundamento da autonomia regional da Madeira
A candidata presidencial Catarina Martins defendeu hoje que a autonomia da Madeira deve ser aprofundada para que haja uma maior corresponsabilização do Governo Regional, do parlamento madeirense e mecanismos mais claros de solidariedade entre a República e as regiões.
Em declarações aos jornalistas, no Funchal, após visitar a Associação Presença Feminina, Catarina Martins, além de alertar para o problema da violência doméstica, foi questionada sobre qual a sua posição em relação à autonomia regional.
A candidata referiu que o Presidente da República não legisla, mas pode "chamar a atenção para o que parece óbvio".
"Parece-me óbvio que a autonomia deve ser aprofundada para que haja uma maior corresponsabilização até do Governo Regional, da Assembleia Legislativa Regional e mecanismos mais claros da solidariedade entre a República e as regiões", afirmou.
Para Catarina Martins é também importante "dar voz às regiões autónomas sobre aquilo que tem a ver com o seu território e com as suas riquezas naturais", dando como exemplo a gestão das águas territoriais.
"Tenho-o defendido toda a vida. Como Presidente da República, defenderei, lançando o debate precisamente sobre as populações a terem uma voz sobre o que é fundamental na sua vida", reforçou a candidata apoiada pelo BE.
Catarina Martins disse ainda que trabalhou na "revisão constitucional que pretendia acabar com o representante da República e trazer novas formas de autonomia" e que, na altura, o Governo Regional faltou e esse processo "infelizmente não foi até ao fim".
"E a melhor forma da democracia ser uma democracia efetiva de responsabilização de escrutínio é precisamente aprofundar a autonomia e eu sou uma enorme defensora dessa política", apontou.
A candidata foi questionada também em relação a um 'ferry' para fazer a ligação entre a Madeira e o continente, considerando que "é uma necessidade que é sentida e não há nenhuma razão para não existir".
"E, se calhar, se pensássemos mais no interesse público da população da Região Autónoma da Madeira e menos nos interesses privados de alguns grandes grupos económicos, podíamos ter as soluções necessárias", criticou.