Mosquitos 'baralhavam' equipas de extermínio há 20 anos
'Canal Memória' ruma a 2005
A manchete do DIÁTRIO, há exactamente 20 anos, estava relacionada com a praga de mosquitos que estava a afectar a Região. Rubén Capelo, o único entomólogo do país afirmava ser impossível exterminar a praga e defendia a sua monitorização.
A diminuição da temperatura ajuda a que a reprodução do mosquito não seja tão fácil. O especialista estava a realizar estudos, na Universidade da Madeira, sobre a espécie de mosquito na Região. "Esta população tem já alguma diversidade genética, o que quer dizer que o tamanho da população é grande, dificultando o seu controlo", afirmava.
Entretanto, estavam a ser feitas pesquisas para perceber se a espécie já tinha chegado à Ribeira Brava, Caniçal e Paul do Mar, mas nada tinha sido encontrado. "Estive no cemitério de São Gonçalo e em SãoMartinho e, na realidade, existe outra espécie muito parecida - o Aedes eatoni -, que é endémica da Madeira e que também põe os ovos um a um e que são pretos como os ovos do Aedes aegypti", explicava.
Em causa estava a grande praga de mosquito Aedes aegypti, que estava a afectar o Funchal. A entrada de outras espécies, vectores de doenças como a dengue, não estava colocada de parte.
