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Guterres considera inaceitável qualquer ameaça a María Corina Machado pelo Nobel da Paz

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Foto Shutterstock

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou hoje "qualquer ameaça" contra a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, após a recente atribuição do Prémio Nobel da Paz.

"Qualquer ameaça contra María Corina Machado por ganhar ou receber o Prémio Nobel é inaceitável. Não deve haver nenhuma ameaça contra ela ou contra qualquer pessoa que trabalhe em defesa dos direitos humanos na Venezuela", declarou Farhan Haq, porta-voz adjunto de Guterres, em conferência de imprensa.

O porta-voz destacou a importância de proteger todos os defensores dos direitos humanos no país sul-americano, num contexto marcado por tensões políticas e denúncias de repressão da sociedade civil.

Em 10 de outubro, Guterres felicitou María Corina Machado pela conquista do Prémio Nobel da Paz de 2025, destacando que a líder da oposição tem sido uma "defensora da democracia" e "uma voz de unidade no seu país".

"Numa altura em que a democracia e o Estado de direito estão sob ameaça a nível global, o prémio de hoje é uma homenagem a todos aqueles que trabalham para salvaguardar os direitos civis e políticos em todo o mundo, e uma comovente lembrança da resiliência e do poder do espírito democrático", afirmou o antigo primeiro-ministro português na ocasião.

Ana Corina Sosa, filha de María Corina Machado, recebeu hoje o Prémio Nobel da Paz em Oslo em nome da líder da oposição venezuelana, que não chegou à Noruega a tempo de receber o galardão pessoalmente, embora a sua chegada à capital norueguesa seja esperada hoje.

Machado dedicou o Prémio Nobel a todo o povo da Venezuela e aos "heróis" que lutam pela "liberdade", assim como aos líderes mundiais "que acompanharam e defenderam" a causa.

A líder da oposição venezuelana fez "tudo ao seu alcance para comparecer à cerimónia", uma viagem empreendida em situação de "extremo perigo" e, embora não possa participar nos eventos de hoje, "estamos profundamente felizes em confirmar que está segura e estará connosco em Oslo", disse o Instituto Nobel em comunicado.