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A Guerra Mundo

"Verdadeira paz" é aquela que tenha "dignidade e justiça" para o país invadido

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Foto EPA

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, disse hoje que a Europa sabe que a "verdadeira paz" na Ucrânia só pode ser obtida com um plano que tenha "dignidade, justiça e liberdade para o país invadido".

"Na Europa, nós sabemos que tem de haver uma verdadeira paz: com dignidade, com justiça e liberdade", disse Metsola, no arranque do plenário da assembleia europeia que decorre esta semana em Estrasburgo, em França.

E acrescentou: "Acima de tudo, [a paz] tem de ser baseada no princípio de que nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".

Roberta Metsola utilizou uma expressão que ganhou eco no último ano no seio dos países da União Europeia (UE) e dos representantes das instituições do bloco comunitário europeu e que significa que qualquer plano de paz para a Ucrânia terá de ser obrigatoriamente discutido e negociado com o país, que foi invadido pela Rússia há mais de três anos.

"Os próximos dias serão cruciais, e sei que vamos fazer tudo o que pudermos para alcançar a paz (...) que sempre procurámos", comentou Roberta Metsola.

Os Estados Unidos propuseram na semana passada um plano de 28 pontos para acabar com a guerra da Rússia contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

O plano de Washington foi bem acolhido pelo Kremlin por contemplar grande parte das exigências que têm sido feitas pelo Presidente Vladimir Putin para acabar com a guerra.

O plano promovido pelo Presidente Donald Trump, que foi divulgado a meios de comunicação social norte-americanos, inclui a redução do exército para um máximo de 600.000 efetivos ou a cedência à Rússia de territórios que não foram conquistados militarmente por Moscovo.

Vários dirigentes europeus consideraram o plano como uma base para negociar, mas defenderam que necessita de modificações ou, em todo o caso, de mais elaboração.

Delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos reuniram-se no fim de semana na cidade suíça de Genebra para discutir o plano, de que saiu uma nova proposta, cujos termos não foram divulgados.

Trump deu à Ucrânia até 27 de novembro para responder às propostas norte-americanas. Em caso de rejeição, o Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou continuar os avanços militares no terreno, onde as tropas russas mantêm vantagem.

Perante a pressão simultânea dos Estados Unidos e da Rússia, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, iniciou consultas com aliados europeus.