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Zelensky diz estar "pessoalmente" grato a Trump depois de críticas sobre ingratidão

Foto Christophe Ena/POOL/EPA
Foto Christophe Ena/POOL/EPA

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky declarou hoje que estava "pessoalmente" grato a Donald Trump, após a publicação pelo presidente norte-americano de uma mensagem nas redes sociais acusando mais uma vez Kiev de não demonstrar "nenhuma gratidão".

"A Ucrânia está grata aos Estados Unidos, a cada coração americano e pessoalmente ao presidente Trump pela ajuda que, começando pelos [mísseis] Javelin, salvou vidas ucranianas", afirmou Zelensky numa mensagem no X.

Numa mensagem no Truth Social, o presidente norte-americano também critica os europeus, que "continuam a comprar petróleo à Rússia", bem como o seu antecessor Joe Biden, a quem acusa de inação no início do conflito.

"Herdou uma guerra que nunca deveria ter acontecido, perdida para todos", escreveu o presidente em letras maiúsculas na sua rede social.

"Os responsáveis ucranianos não expressaram qualquer gratidão pelos nossos esforços, e a Europa continua a comprar petróleo à Rússia", prosseguiu, acrescentando: "Os Estados Unidos continuam a vender quantidades massivas de armas à NATO para distribuição na Ucrânia (Joe, o canalha, deu tudo, de graça, de graça, de graça, incluindo 'grandes' somas de dinheiro!)", acrescenta o presidente.

As declarações de Trump surgem no mesmo dia em que o secretário de Estado norte-americano, equivalente ao ministro dos Negócios Estrangeiros nos governos europeus, reuniu-se em Genebra com uma delegação ucraniana, na esperança de avançar com o plano de Donald Trump para a Ucrânia.

O governo norte-americano apresenta agora o plano de 28 pontos como "um quadro para negociações", que visa pôr fim ao conflito provocado por quase quatro anos de invasão russa.

Trump e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, concordaram hoje, durante uma chamada telefónica, que era importante "trabalhar todos juntos neste momento crítico" para o futuro da Ucrânia, informou Downing Street.

Os dois líderes "concordaram que devem trabalhar todos juntos neste momento crítico para estabelecer uma paz justa e duradoura" na Ucrânia, lê-se no texto citado pela agência de notícias francesa, a France-Presse (AFP).