DNOTICIAS.PT
Madeira

PSD Machico critica decisão de manter taxa de devolução de IRS em 1%

None
Foto Rui Silva/ ASpress

“Nova gestão, decisões iguais”. É desta forma que os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Machico reagem à decisão do executivo camarário de manter a taxa de devolução de IRS aos munícipes em 1%. Isto porque os social-democratas consideram que "existe a possibilidade de aumentar esta taxa até aos 5%, seguindo o exemplo de outros concelhos da Região que já o fazem".

Em comunicado de imprensa, os vereadores do PSD sublinham que "a devolução do IRS constitui um importante apoio à população, na medida em que permite aliviar a carga fiscal das famílias", defendendo "que essa devolução seja num mínimo de 2,5%", razão pela qual dizem ter rejeitado a proposta apresentada pelo executivo, em sede de reunião de câmara.

“A Câmara Municipal em vez de devolver 1% devia devolver pelo menos 2,5%, possibilitando que as famílias possam ter mais rendimento disponível”, afirma Luís Ferreira, vereador do PSD Machico.

Na reunião desta semana foi ainda discutida e submetida a aprovação a carta municipal de habitação. Os vereadores social-democratas abstiveram-se na votação, lamentando que "não seja possível recuperar nenhuma habitação em função daquilo que está descrito nesse documento". “Para nós é motivo de insatisfação porque esta situação invalida a possibilidade de muitas famílias terem uma habitação condigna a custos mais acessíveis”, refere a mesma nota.

Os autarcas precisam que "apesar de fazer uma caracterização exaustiva da habitação no concelho", esta carta define “um conjunto de estratégias que, a serem implementadas, irão contribuir para uma maior especulação imobiliária, não sendo a solução para as reais necessidades dos munícipes no que à habitação acessível diz respeito”, devendo este ser “o principal fundamento para a atuação pública em matéria de habitação”.

O PSD diz ainda que "já no executivo anterior, o PS não foi capaz de aproveitar os mecanismos disponíveis para o financiamento de construção de novas habitações, nem sequer no que se refere à reabilitação das moradias de famílias mais carenciadas", lembrando que todas as candidaturas submetidas ao programa  1.º direito ficam sem efeito e sem possibilidade de financiamento a 100% da União Europeia, por força da conclusão obrigatória desta solução habitacional até Junho de 2026, tendo agora de ser assumidas pelo orçamento municipal.

“Trata-se de mais uma oportunidade perdida, que terá custos acrescidos para o município e para a população de Machico”, concluem os social-democratas.