PS diz que “Governo está a dormir e a sonhar com campos de golfe”
Socialistas apontam "falhas graves" ao nível do investimento
O grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) acusou, hoje, o Governo Regional de cometer "falhas graves" ao nível do investimento. “Governo está a dormir e a sonhar com campos de golfe”, atiram os socialistas.
Numa conferência de imprensa realizada na Nazaré, onde deu como exemplo o projecto de habitação tantas vezes anunciado em campanha pelo PSD (Nazaré Sul), que ficou por concretizar, o deputado Gonçalo Leite Velho referiu-se também ao facto de ainda não ter sido debatida na Assembleia Legislativa da Madeira a Conta da Região relativa a 2024, "quando, dentro de dias, já será discutido o Orçamento Regional para o próximo ano".
O parlamentar socialista, citado em nota de imprensa, referiu-se a falhas "em várias áreas": "a começar pelo PIDDAR, que neste momento roça os 50% de execução (em 2022, a execução ficou nos 62,6% do previsto e, em 2023, nos 57%)"-
Também ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Leite Velho diz que "houve muita habitação que acabou por não ser construída", bem como "um lar que deixou de estar incluído nos projectos a executar".
No campo do investimento em Investigação e Desenvolvimento, o deputado realçou que "a Madeira tem os piores resultados (0,48% do PIB, face a 1,67% no País, muito abaixo da meta de 3% do PIB definida pela OCDE e pela União Europeia)".
A isto acrescem, segundo o parlamentar, "as falhas de execução na saúde e na mobilidade, mas também na agricultura", que o Governo “tentou esconder, mostrando a execução do PRODERAM que já tinha fechado em 2022". “Estamos em 2025 e o que deveria estar a ser executado é o PEPAC”, referiu, acrescentando que, "a este nível, não foi aberto um único concurso para investimentos agrícolas".
“No fundo, temos um Governo que está a dormir e a sonhar com campos de golfe”, reafirmou o parlamentar, vincando que "a Conta da Região de 2024 tinha de ser apresentada e discutida antes do orçamento". “Essa é que é a boa prática nos outros países e nas outras regiões ao nível da União Europeia, mas, infelizmente, não tem sido a prática na Região Autónoma da Madeira”, lamentou.