JPP quer requalificação do Caminho da Cova no plano de investimentos para 2026
Os vereadores do JPP eleitos à Câmara Municipal do Funchal pretendem que a requalificação do Caminho da Cova, na freguesia de São Roque, seja incluída no plano de investimentos da autarquia para 2026. Esta foi uma proposta de recomendação, entregue esta quinta-feira na reunião plenário do executivo autárquico.
No documento, o partido indica que o referido caminho serve cerca de 50 moradores que se debatem 365 dias por ano com acesso impossível a transportes e serviços essenciais. “É uma obra prioritária e urgente”, realçam Fátima Aveiro e António Trindade.
Os vereadores indicam que visitaram o local, reuniram-se com os moradores e ficaram a conhecer as reais dificuldades. “Os autocarros 91 e 93 não servem a zona, ficando o ponto mais próximo a cerca de 20 minutos a pé das residências. Os táxis evitam aceder ao local devido ao mau estado do caminho e, aos fins-de-semana, o último autocarro passa às 15 horas, obrigando crianças, idosos e famílias a deslocarem-se a pé. Também as ambulâncias enfrentam grandes dificuldades em chegar ao local, comprometendo a capacidade de socorro em situações de emergência".
Fátima Aveiro e António Trindade referem que o troço de acesso inclui aproximadamente 100 metros de mato e lama com forte inclinação, tendo parte do percurso sido cimentado pelos próprios moradores há mais de 20 anos, na ausência de intervenção municipal. Além disso, apontam que a própria iluminação pública não responde às necessidades. “A capacidade instalada é insuficiente, exigindo reforço de modo a garantir segurança, fiabilidade e melhores condições de vida à população”, assinalam os autarcas do maior partido da oposição na CMF.
O JPP lamenta que o Caminho da Cova seja “muito visitado” durante as campanhas eleitorais, recorda as promessas sucessivas do PSD/CDS e espera que o actual executivo “crie condições de vida e dignidade naquela comunidade próprias de um país europeu e não a mantenha numa situação insustentável, isolada, com um acesso às suas moradias que é mais comum em países de terceiro mundo”.