Deputado do Chega contra "mediadores culturais" nas escolas
Francisco Gomes diz que são inúteis na tentativa de integração de alunos imigrantes
O deputado madeirense eleito pelo Chega (CH) à Assembleia da República "criticou o governo de Luís Montenegro pelo que considera ser um desperdício inadmissível de dinheiro público na contratação de quase trezentos mediadores culturais para as escolas, enquanto, a seu ver, os professores continuam sem ver a sua carreira valorizada e muitas instituições de ensino enfrentam problemas estruturais graves".
Francisco Gomes reagiu após "ter sido divulgado que as escolas já contrataram 297 mediadores culturais, dois meses depois do início do ano lectivo, e que ainda há lugares por preencher. Segundo os dados oficiais do Ministério da Educação, entraram, nos últimos três anos, mais 87 mil alunos imigrantes, totalizando 157 mil, sendo que as escolas chegaram a ter alunos de 20 nacionalidades diferentes, o dobro de 2018", aponta.
Para o deputado "a política que tem vindo a ser seguida pela República representa uma rendição ideológica e insere-se numa tendência que, na sua opinião, repete o desastre francês da última década, onde políticas multiculturais consumiram milhões sem resolver problemas de integração e de violência na sociedade e nas escolas".
E acusa: "Gastam mais de nove milhões de euros do bolso dos portugueses para alimentar um sistema multicultural falhado, enquanto os professores continuam desprezados e as escolas continuam a cair aos bocados. Este governo está a seguir o exemplo terrível da França, em vez de defender os nossos profissionais e o nosso ensino."
Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República, lamenta que "o investimento que tem vindo a ser feito pelo governo demonstra que o executivo não sabe o que está a fazer na área da imigração, mas insiste em tentar remendar um sistema que já não aguenta mais pressão, quando, a seu ver, deveria estar concentrado em medidas concretas para proteger os portugueses".
E aponta soluções: "Não há coragem para controlar as fronteiras. Não há coragem para repatriar quem está a mais no país. Não há coragem para defender os professores. Mas há dinheiro sem fim para alimentar a imigração descontrolada. Isto é incompetência pura."
O eleito pelo círculo da Madeira garante que o CH "continuará a denunciar aquilo que considera ser os erros políticos do governo e a defender que os recursos públicos devem ser canalizados prioritariamente para os professores, as escolas e as famílias portuguesas, garantindo estabilidade e qualidade no sistema educativo", conclui.