A política é uma doença?

Evidentemente que, em qualquer orientação política existem pessoas mais determinadas na defesa das suas convicções e isso não pode ser criticável. Agora quando se chega ao extremo e passamos da determinação à obstinação, entramos num caminho nada saudável, pouco abonável da nossa saúde mental.

Quando se diz que, cada pessoa tem o direito de ter ou dar a sua opinião e temos o dever de respeitar, é muito bonito e até deveria ser assim, só que, muitas vezes, as opiniões são de tal ordem absurdas, incoerentes, desajustadas com a realidade que ninguém tem qualquer obrigação de respeitar.

E o mais grave é que, muitas delas, são influenciáveis, fazendo que, muitas pessoas as sigam, dizendo o que não sentem, fazendo o que não devem e, quando se trata de opiniões sobre algo importante, inclusivamente podem trazer dissabores de vária ordem, não só às suas vidas, como à estabilidade do próprio País.

- Sabemos que, o” mundo político” está “doente”. Os países, mesmo aqueles que não sendo perfeitos, mas que da parte dos seus governantes existia coerência nas suas decisões, lógica e credibilidade nas suas atitudes, que traziam harmonia e bem-estar às suas populações, estão a passar por uma crise de valores e, diríamos mesmo, de competência, de sentido de Estado deveras preocupante.

E, então, se olharmos para os (quase todos) considerados “grandes países” aí o desastre é total. A ganância, o PODER a qualquer preço, a violência torpe, a guerra criminosa e a insensata trilogia do “quero, mando e posso “tomaram conta daquelas mentes doentias, psicopatas que espalham sem dó nem piedade, o infortúnio, a pobreza, a dor e a morte, a milhões de inocentes um pouco por todo o mundo.

Bom, mas não vale a pena falarmos dos outros países porque já temos um, com o qual, devemos seriamente nos preocupar.

Parece que houve uma aposta na mediocridade, na falta de valores morais e cívicos, no descalabro dos governos e oposições que desde há muito tempo nos oferece um presente periclitante e fantasioso e um futuro pleno de interrogações.

As notícias que nos chegam no dia a dia atestam que o País está podre em quase todas as vertentes e isso deve-se ou à falta de competência ou a cabeça que não está bem dos que têm vindo a fazer parte dos vários governos e oposições em Portugal.

- Na saúde trata-se bem quem tem dinheiro, quem consegue satisfazer os “lóbis” instalados.

Já não podemos ouvir falar em consultas, cirurgias, tratamentos, com marcações para datas inconcebíveis, longos tempos de espera. Partos em ambulâncias, no interior de carros, na rua, por todo quanto é lado.

Neste particular - mesmo sabendo que País recebeu milhões, milhões e mais milhões, uns a fundo perdido, outros emprestado - achamos que não devíamos ter vergonha de voltar ao tal tempo pobre do dito “fascismo” e prepararmos núcleos de parteiras para fazerem os partos em casa, onde nasceram milhares que ainda hoje estão vivos e saudáveis.

Antes no conforto da sua cama em casa, no que no interior de uma ambulância ou, pior ainda, ao” Deus dará” a modos de um País de 3º mundo.

Sempre se mostrava que havia uma pontinha de sensibilidade e humanidade.

- Quanto à violência e ao crime não tardará o dia em que vamos ter que distribuir uma “catana” por cada cidadão para se precaver contra homicidas, ladrões, tarados sexuais e outras espécies perigosas que abundam neste País como erva daninha em jardins mal-cuidados.

- Enfim, bem gostávamos de abordar outros temas onde se podia falar da especulação desenfreada, da justiça, do emprego, do vasto leque das pensões que vai da pensão de miséria à pensão milionária e de ser Portugal o país na Europa com maior número de famílias no limiar da pobreza.

Só que o diário não é nosso, nem é apetecível escritos de longa-metragem!

Juvenal Pereira