ADN dedicou campanha no Funchal ao tema da natalidade
A candidatura da Alternativa Democrática Nacional (ADN) à Câmara do Funchal dedicou hoje a campanha ao tema da natalidade, propondo, entre outras medidas, o alargamento da licença de parentalidade até os dois anos e uma rede de creches gratuitas.
"Sabemos que na Madeira, estatisticamente está comprovado, que a taxa de natalidade é baixa, tal como no município do Funchal, também devido ao êxodo dos jovens para o continente e, eventualmente, para o estrangeiro porque têm melhores condições de atractibilidade salarial, devido ao envelhecimento da população", disse a porta-voz da campanha eleitoral Carolina Martins, junto ao Centro da Mãe, perto do Hospital do Funchal.
A terceira candidata na lista ao município funchalense salientou que "é baixa a taxa de natalidade porque realmente é muito difícil ser mãe, ser profissional, ser trabalhadora, ser esposa, ser tudo", pelo que "todos os apoios que possam existir para a natalidade são como um investimento no futuro" e que o ADN "para cada problema tenta arranjar uma solução".
Para a candidata, o acompanhamento parental é importante nos primeiros anos de vida da criança e por isso "a licença de parentalidade devia ser alargada e a 100% pelo menos para dois anos e podia ser revezada entre pai e mãe".
Carolina Martins defende também uma "rede de creches gratuita municipal, com carrinhas que pudessem acompanhar as crianças para atividades desportivas e culturais, porque está mais que comprovado que crianças ativas são as que na escola têm mais produtividade e, em termos de saúde mental, isso ajuda bastante".
O ADN insiste na manutenção da atribuição do cheque-bebé, considerando que querem "impor medidas que vão em parte reverter direitos das mais e das crianças".
"Não podemos entrar em reversão de forma alguma, temos é que dar mais direitos às mães e crianças porque é um apoio que vai ser um investimento no futuro", declarou.
A candidata argumentou que se não houver população activa na Madeira daqui a 10 anos não haverá "sustentabilidade da Segurança Social, não vai haver reformas".
Outra medida preconizada é "apoiar os jovens em termos de habitação" defendendo que "jovens casais com filhos menores deveriam ter prioridade no acesso à habitação".
Carolina Martins ainda sugeriu que as taxas turísticas cobradas nos hotéis deveriam ser "utilizadas para pagar polícia municipal em todos os municípios para garantir segurança para os jovens e adolescentes".
Sobre a campanha eleitoral que termina sexta-feira, a porta-voz do ADN considerou que "tem sido excelente" e que a candidatura apresenta "ideias diferentes e inovadoras".
"Sabemos que ainda somos um partido pequenino, mas acreditamos na pluralidade democrática e, portanto, várias cabeças a pensar são sempre melhor do que uma", referiu, indicando que os elementos da candidatura são "pouco políticos e mais ativistas porque são é por causas", disse.
O ADN não tem representação nos órgãos municipais do Funchal.
O atual executivo, chefiado por Cristina Pedra, é composto por seis vereadores da coligação PSD/CDS-PP e cinco sem pelouro da coligação Confiança, liderada pelo PS.
Nestas eleições autárquicas, candidatam-se à Câmara do Funchal Paulo Azevedo (Nova Direita), Mónica Freitas (PAN), Marta Sofia (Livre), Luís Filipe Santos (Chega), Rui Caetano (PS), Miguel Pita (ADN), Fátima Aveiro (JPP), Raquel Coelho (PTP), Válter Rodrigues (MPT), Jorge Carvalho (coligação PSD/CDS-PP), Ricardo Lume (CDU -- coligação PCP/PEV), Sara Jardim (IL), Liana Reis (RIR) e Dina Letra (BE).