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Madeira

Taxa de esforço no arrendamento no Funchal é de 100%

Capital madeirense é a cidade capital portuguesa que mais exige para arrendar casa e a segunda para comprar

Foto Shutterstock
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O Funchal é a capital de distrito e regiões autónomas que mais exige a quem quer arrendar casa, basicamente levando 100% dos rendimentos de quem quer viver numa habitação arrendada, sendo inclusive a segunda, apenas superada por Lisboa, no que toca aos fundos necessários para a outra opção, a compra.

Segundo o portal especializado no mercado imobiliário, Idealista, "o esforço financeiro exigido para arrendar uma casa em Portugal continua elevado, situando-se em 83% no terceiro trimestre de 2025. Já na compra de habitação, a taxa de esforço nacional fixou-se nos 70%", segundo uma análise divulgada esta quinta-feira.

A capital madeirense excede-se em ambas as categorias, exigindo 100% do esforço financeiro para o arrendamento e 99% para a compra, o que pode indicar que, será ligeiramente mais compensador avançar por essa opção neste momento do que já foi no passado. Embora as dificuldades para aceder ao mercado do crédito à habitação sejam difíceis, muito mais em comparação com o do arrendamento, a verdade é que neste momento tanto dá um como o outro, em ambos é extremamente difícil.

Segundo o portal, "das 20 cidades analisadas, as famílias enfrentam maiores dificuldades para arrendar casa no Funchal, com uma taxa de esforço de 100%, em Faro de 93% e Lisboa de 83%", sendo que "entre os maiores aumentos destacam-se ainda, o Porto (69%), Setúbal (64%), Viana do Castelo (58%), Aveiro (55%), Braga (54%), Évora (53%), Santarém (53%), Ponta Delgada (52%), Leiria (51%), Coimbra (45%), Viseu (45%) e Vila Real (42%)". E acrescenta: "Por outro lado, as rendas pesam menos no rendimento das famílias em Bragança (39%), Beja (37%) e Castelo Branco (37%). As únicas cidades com taxas próximas ou inferiores ao limite recomendado de 33% são Portalegre (34%) e Guarda (32%)."

Quanto à compra, "a percentagem do rendimento familiar destinada" destinada a esse fim "com recurso a crédito habitação, aumentou em várias capitais de distrito no terceiro trimestre de 2025", entre as quais "as cidades com maior taxa de esforço na compra de habitação foram Lisboa (111%), Funchal (99%) e Faro (93%), seguidas por Aveiro (76%), Porto (69%), Ponta Delgada (62%), Viana do Castelo (60%), Braga (58%), Setúbal (58%), Coimbra (53%), Leiria (52%), Viseu (47%), Évora (46%) e Santarém (38%)". Onde é possível comprar casa com menor esforço financeiro, "abaixo do limite recomendado de 33%, destacam-se Guarda (18%), Castelo Branco (18%), Portalegre (20%), Bragança (21%), Beja (27%) e Vila Real (28%)".

Como metodologia para chegar a estes resultados, o idealista salienta que "a taxa de esforço é um indicador que mede o impacto do custo da habitação no poder de compra do agregado familiar. No caso do arrendamento, calcula-se a taxa de esforço como a percentagem anual do rendimento líquido médio do agregado familiar destinada ao pagamento do arrendamento de uma casa". Assim, "os valores de arrendamento são obtidos diretamente da fonte de dados do idealista, que disponibiliza preços para cada cidade. Por sua vez, os dados do rendimento líquido familiar são fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)".

No caso da compra de habitação, "a taxa de esforço é calculada como a percentagem anual do rendimento líquido do agregado familiar destinada ao pagamento de um crédito habitação que segue características médias em termos de duração e taxa de juro. Recentemente, devido à descida nas taxas de juro, procedeu-se a uma atualização do cálculo com base nos dados publicados pelo Banco Central Europeu (BCE)", explica para concluir.