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Vereador na CMF em representação do PS. Com orgulho!

Os resultados eleitorais no Funchal não foram os que ambicionávamos. Sabíamos das dificuldades, tínhamos consciência da conjuntura política regional e da exigência do desafio. Aceitei este serviço ao Partido Socialista com honra, sem medo e sem vergonha. Fi-lo com a certeza de quem sabe bem que, na política, não há gratidão, contudo, para mim, os princípios e os valores em que acredito sempre estiveram em primeiro lugar e estarei sempre disponível para lutar por cada um deles.

Assumi esta luta de rosto erguido, em nome da liberdade, da justiça social e da democracia participativa. Sempre dei a cara pelo PS nos momentos mais difíceis, quando era mais fácil recuar, calar ou esperar por ventos favoráveis.

Respeito a decisão dos funchalenses. Em democracia, o voto é soberano e é com humildade que o acolho. Quero agradecer a todos os que estiveram ao meu lado nesta campanha dura e exigente. A todos os que deram a cara pelo nosso PS, que percorreram a cidade de norte a sul, que ouviram, propuseram e acreditaram, deixo o meu reconhecimento. E acreditem, não caminhávamos sozinhos, levávamos connosco a nossa dignidade.

Fui eleito vereador na Câmara Municipal do Funchal, em nome do PS, e é com lealdade que irei cumprir este mandato, assumindo uma oposição firme, responsável e determinada.

Assumo este cargo político para defender a cidade, bem como os direitos, os interesses e a qualidade de vida de todos e de cada um dos funchalenses. Não me limitarei a fiscalizar o executivo. Escrutinarei as promessas feitas por quem venceu, exigirei transparência na informação e na gestão municipal, levarei às reuniões os problemas reais das populações, mas também a nossa visão de cidade, as nossas ideias, propostas e alternativas concretas.

E, quanto ao PS, podem ter a certeza: os melhores, os mais credíveis, os mais consensuais, os mais íntegros são sempre os outros, aqueles que não se candidatam a eleições ou que ainda não chegaram a presidentes do partido. Mas basta algum deles assumir a liderança do partido ou apresentar-se como candidato a um cargo político relevante e tudo muda. De repente, quem era solução passa a ser problema. De exemplo passa a ser alvo a abater. A “máquina trituradora” de alternativas ao poder, reforçada com alguns aliados oportunistas, começa a desgastar, a descredibilizar, a isolar, a imolar. Quem tem a ilusão de que com ele ou com ela será diferente, está completamente enganado, não é uma fatalidade, mas é a realidade imposta pelo regime e outros interesses ocultos. O segredo está em nunca desistir e continuar a acreditar.

O PS-Madeira precisa de um outro rumo. Exige-se novas lideranças com visão estratégica e a ambição de unir de verdade, sem ajustes de contas, sem discursos de faz de conta. É urgente reconstruir com todos, sem exceções, repensar estratégias, reorganizar o partido, acarinhar os militantes, recuperar as suas bases e a ligação às pessoas.

Só com um partido presente, combativo e coeso conseguiremos preparar o futuro e recuperar o PS como uma verdadeira alternativa de poder na Região Autónoma da Madeira.